Mais de 75% dos portugueses sente-se confortável com a utilização de uma aplicação que emita alertas ao entrar numa área com infetados ou após contacto com estes. Essa percentagem, no entanto, cai para menos de 60% se os dados não forem anónimos, revelou um inquérito feito pela Deco e publicado esta quinta-feira. 84% dos inquiridos concorda que não existem garantias absolutas de anonimato, mas acreditam ser possível arranjar soluções.

No inquérito online feito a mil portugueses, entre os dias 24 e 27 de abril, a Deco concluiu que, “apesar de acreditarem que uma app com estas funcionalidades pode salvar vidas, não deixam de expressar, no entanto, reservas quanto à privacidade dos seus dados”.

A geolocalização é a medida que gera maior desconforto junto dos inquiridos, uma vez que apenas 54% concorda com a possibilidade de as operadoras de telecomunicações recolherem dados de GPS para monitorizar as deslocações dos cidadãos durante a pandemia. A percentagem cai para um terço, caso não seja garantido o anonimato.

Quando questionados sobre se aceitariam instalar a aplicação, 70% respondeu afirmativamente, mas apenas 41% destes o fariam de forma voluntária. 11% dos inquiridos garantem ainda que não instalariam uma app deste género mesmo que fosse obrigatório.

O inquérito permitiu ainda concluir que “mais de um quinto dos portugueses já descarregou algum tipo de aplicação relacionada com o coronavírus”. Entre estas estão apps que permitem fazer o “acompanhamento de informação sobre a evolução da pandemia, auto-diagnóstico e monitorização de sintomas”, revela ainda a Deco, deixando algumas recomendações.

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