A câmara de Moscovo ordenou esta quinta-feira o prolongamento das medidas de confinamento da população da capital russa até 31 de maio, no mesmo dia em que a Rússia anunciou um número recorde de infeções diárias pelo novo coronavírus.

Apenas os estaleiros de obras e as indústrias, setores que empregam cerca de 500 mil pessoas na capital russa, poderão regressar à atividade na próxima terça-feira, segundo anunciou o presidente da câmara de Moscovo, Serguei Sobianine, numa nota informativa publicada na página online da autarquia.

A ordem desta quinta-feira representa um prolongamento de quase três semanas das medidas de restrição, que estavam previstas terminar em 12 de maio.

Moscovo é o principal foco da epidemia do novo coronavírus na Rússia, país que anunciou esta quinta-feira o maior número de infeções num só dia, ao ter registado 11.231 novos contágios.

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Neste momento, a Rússia regista um total de 177.160 infetados, tornando-se o quarto país europeu com mais contaminações pela Covid-19 e o quinto a nível mundial, de acordo com a mais recente contagem efetuada pela agência France-Presse (AFP).

Nas últimas 24 horas, o país também registou 88 óbitos, elevando para 1.625 o número total de vítimas mortais associadas à Covid-19.

O aumento do número de infetados desde a semana passada pode ser explicado, segundo as autoridades russas, pela multiplicação de testes de triagem – 4,8 milhões de acordo com a contagem -, o que possibilita detetar também casos assintomáticos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.