Houve alguma surpresa quando alguém reparou que o Model 3 estava equipado com uma câmara de vídeo junto ao retrovisor interior, apontada ao habitáculo, ao contrário do que acontece nos Model S e Model X. Questionado sobre o tema, Elon Musk, o CEO, esclareceu que a câmara se destinava a proteger o veículo de vandalismos, quando se iniciasse a utilização dos modelos como robotáxis, ou seja, táxis sem condutor.

A Tesla sempre mencionou que, assim que o seu Autopilot estiver em condições de proporcionar condução autónoma, iria propor aos seus clientes uma forma de ganhar algum dinheiro quando têm o carro parado. O objectivo passa por aderir à Tesla Network, uma rede de robotáxis gerida através de uma aplicação, que permite a solicitação do serviço através do telemóvel. Isto enquanto o proprietário está a trabalhar no escritório ou a descansar em casa.

A câmara já faz parte dos Model 3 produzidos desde 2017, mas agora que as videoconferências estão na moda, ou melhor, se transformaram numa necessidade, o construtor norte-americano teve a ideia de permitir que as videochamadas se pudessem realizar a bordo, durante as deslocações.

Com câmara e internet a bordo, de que o modelo necessita para servir os clientes, mas igualmente para estar em permanente contacto com a fábrica na Califórnia, de onde vêm as actualizações de software, falta apenas uma pequena alteração de software para permitir ligações através de plataformas como o Zoom, Hangouts, Teams ou muitas outras. Pelo menos é esta a posição de Elon Musk, que declarou que a Tesla poderia oferecer a capacidade de realizar videoconferências, caso exista essa necessidade, uma vez que o hardware já está a bordo do veículo.

De momento não há qualquer software associado à câmara interior, mas Musk já tinha aberto a possibilidade de usá-la para que os clientes se pudessem gravar enquanto exploram o potencial do programa de karaoke que passou a estar disponível com a última actualização (V10) de software.

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