A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, considerou este sábado que “Portugal continua a ser um farol de esperança” no projeto da União Europeia, numa altura em que “populismos e nacionalismo começam a ser resposta em muitos estados-membros”.

No encerramento da conferência digital promovida pelo PS para assinalar o Dia da Europa, que reuniu esta tarde um conjunto de eurodeputados socialistas, Ana Catarina Mendes começou por se associar ao prémio Mário Soares, destinado a distinguir estudantes do terceiro ciclo do Ensino Básico, que foi hoje lançado.

“Nós socialistas, que somos uns europeístas convictos, continuamos a acreditar que só com liberdade e segurança se pode viver neste espaço europeu”, enfatizou.

Na perspetiva da líder parlamentar socialista, “numa altura em que os populismos e o nacionalismo começam a ser resposta em muitos estados-membros”, como é o caso da Hungria ou Polónia, “Portugal continua a ser um farol de esperança neste grande projeto comum que é projeto da União Europeia”.

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“Para que mais 75 anos possam sobreviver sem conflitos mundiais e que mais 70 anos signifiquem continuarmos a construir um projeto de uma Europa unida porque é isso que nos move nestes dias”, afirmou.

No dia em que se comemora s 70 anos da Declaração Schumann, para Ana Catarina Mendes “vale a pena relembrar a sua frase de que só a concretização de “determinadas ações nos levará a uma solidariedade de facto”.

“Isto não é um chavão. O projeto europeu não está construído nem concluído. Ele está a construir-se todos os dias”, defendeu.

Sobre os desafios para o futuro, a deputada e dirigente socialista considerou que “hoje, mais do que nunca, os cidadãos europeus tornaram-se exigentes com o projeto europeu”.

“Tornamo-nos todos mais ambiciosos com a resposta europeia e a reclamar cada vez uma resposta solidária, verdadeiramente solidária, na Europa”, avisou.

Assim, depois desta pandemia, há dois desafios principais que estão colocados, sendo a primeiro “uma resposta de um fundo de reconstrução económica e social que garanta que o pilar europeu dos direitos sociais se concretize finalmente porque ele ainda está no papel”.

“Os nossos estados-membros reclamam neste momento um verdadeiro da resposta que tem que ser dada em termos económicos às nossas empresas”, observou.

O segundo desafio é que “falar de uma descarbonização ou de digitalização da Europa já não é uma coisa para daqui a 10 anos, é uma coisa para ontem e que tem que ser feita pela Europa”.

“Estes são desafios que estão colocados a todos nós, enquanto estados-membros, mas a toda a Europa enquanto projeto de sobrevivência”, declarou.