Apenas 22,2% das oficinas automóveis portuguesas acreditam que o negócio voltará ao normal em 2021, tendo 41,6% aderido ao layoff simplificado, de acordo com um inquérito da revista Pós-Venda.

Este inquérito, elaborado a 320 oficinas em Portugal continental e ilhas, mostrou ainda que 75% dos estabelecimentos “teve uma quebra de serviço superior a 50% na sua atividade e que em metade desses a quebra foi mesmo superior a 75%”, devido à pandemia de Covid-19, revelou a publicação especializada no setor, num comunicado.

“Apenas 4,4% das oficinas disseram que a redução na atividade foi até 25%, mas a maior fatia das oficinas (120 neste inquérito) afirmam que a redução na atividade foi acima dos 75%”, de acordo com os resultados do inquérito. Ainda assim, mais de 91% dos estabelecimentos mantiveram-se em funcionamento.

Por outro lado, perto de metade das oficinas reduziu “o seu horário de funcionamento, ajustando-o a esta nova realidade e, após ser decretado o estado de emergência por parte do Governo, pouco mais de 40% das oficinas tiveram que reduzir o número de empregados”, garantiu a revista, na mesma nota.

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Das oficinas inquiridas, 21,8% disseram que não vão aderir ao layoff simplificado, de acordo com os resultados.

Os dados divulgados pela Pós-Venda mostram ainda que 76% dos estabelecimentos de reparação automóvel “passaram a fazer serviços adicionais” e que “27,5% das oficinas consideram que a relação cliente/oficina se tornará mais digital”, de acordo com o comunicado.

O inquérito demonstra também que 63,1% dos estabelecimentos já tiveram algum tipo de dificuldade no abastecimento de peças.

Este estudo abrangeu o setor da reparação e manutenção automóvel, nomeadamente as oficinas de mecânica, de colisão (chapa e pintura), pneus e de vidro automóvel, de acordo com a publicação.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.