O recinto do Santuário de Fátima está praticamente vazio, mas os responsáveis do lugar de culto mais visitado de Portugal asseguram que as celebrações de 12 e 13 de maio mantêm todos os ritos habituais — incluindo as tradicionais procissões das velas e do adeus —, ainda que sem a presença física dos peregrinos.

O cardeal António Marto disse que esta “é a peregrinação mais difícil na vida deste Santuário, por ventura a mais interpeladora”. O bispo de Leiria-Fátima acrescentou, contudo, que “o vazio que os nossos olhos alcançam nunca esteve tão preenchido”.

A partir da hora de almoço de terça-feira, o recinto do Santuário de Fátima foi encerrado: nas laterais, os portões e gradeamentos foram fechados; ao fundo, foram instaladas barreiras físicas que as autoridades estão a monitorizar em permanência para que, durante as celebrações, ninguém entre no recinto.

Fátima. Nunca esteve em cima da mesa acolher peregrinos: “Risco de contágio era muito elevado”

Durante 24 horas, pela primeira vez na história, não podem entrar peregrinos no Santuário de Fátima. Mas, lá dentro, várias dezenas de pessoas (tanto que o Governo teve de abrir uma exceção às normas da situação de calamidade para permitir mais de dez pessoas) asseguram a realização das celebrações habituais, transmitidas pela internet e pela televisão.

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