O ministro do desporto de Itália, Vincenzo Spadafora, afirmou esta terça-feira que, no regresso aos treinos em grupo na Série A, caso um futebolista acuse positivo ao novo coronavírus, toda a restante equipa será colocada de quarentena.

“O futebol é, por natureza, um desporto no qual não é possível manter distâncias. É necessário prever um isolamento. Por termos subestimado isso, tivemos muitos problemas. Por isso, se me perguntam se existe necessidade de toda uma equipa ficar em quarentena, caso haja um caso positivo, essa resposta é muito simples”, afirmou Spadafora no parlamento italiano.

O governo autorizou a realização de treinos individuais nos clubes da Série A em 4 de maio e, em 18, as equipas poderão retomar as sessões em grupo.

“As imagens dos mortos permanecem na memória e é por isso que queremos reabrir com o máximo cuidado. Quero deixar bem claro. Se o campeonato voltar, como todos desejamos, volta porque achamos que existem condições de segurança e não devido à pressão de outros. Não vamos tomar decisões à pressa”, frisou.

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A liga italiana foi interrompida em 9 de março, devido à pandemia da Covid-19, que já matou 30.911 pessoas, entre 221.216 infetados em Itália.

A Série A conta com vários futebolistas portugueses, entre os quais Cristiano Ronaldo (Juventus), Mário Rui (Nápoles), Rafael Leão (AC Milan), Miguel Veloso (Hellas Verona) e Bruno Alves (Parma).

Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América –, suspensas, nos casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais, ou mesmo canceladas.

Os campeonatos de futebol de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso à competição, com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que tem o reinício da I Liga previsto para 4 de junho.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.