Portugal tem 28.319 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país desta quinta-feira, dia 14. Houve um aumento de 187 casos, num acréscimo percentual de 0,7%, menos 0,1% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 1.175 para 1.184, mais nove, o que manteve a taxa de letalidade em 4,18%. Por fim, o número de casos recuperados passou para 3.198, apenas mais 16 do que na véspera, uma subida de 0,5% – ainda assim um total de 649 desde terça-feira.
Boletim DGS. Percentagem de novos recuperados baixa de 18 para 5,6%
Em paralelo, e numa fase onde o foco principal da pandemia no país passou do Norte para Lisboa e Vale do Tejo (o que é visível não só nos valores de novos casos por regiões mas também por concelhos), o principal destaque do Boletim de hoje entronca na nova descida no número de casos em internamento: apesar da ligeira subida nos casos em Unidades de Cuidados Intensivos (mais cinco, total de 108), os casos internados voltaram a ter uma descida de 12. Ou seja, registam-se menos 125 casos em internamento hospitalar desde terça-feira.
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A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta quinta-feira, dia 14 de maio, pode ser feita através de vários pontos distintos, a saber:
Número total de casos, mortes e recuperados
Subida de 0,7% nos novos casos. Portugal tem 28.319 casos confirmados de Covid-19, segundo o Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país. Houve um aumento de 187 casos, num acréscimo percentual de 0,7%, menos 0,1% do que na véspera. Já o número de mortes subiu de 1.175 para 1.184, mais nove, o que manteve a taxa de letalidade em 4,18%. Por fim, o número de casos recuperados passou para 3.198, apenas mais 16 do que na véspera, uma subida de 0,5% – ainda assim um total de 649 desde terça-feira.
Evolução do número de casos por semana: 2 a 8 de março (30), 9 a 15 de março (245, +215), 16 a 22 de março (1.600, +1.355), 23 a 29 de março (5.962, +4.362), 30 de março a 5 de abril (11.278, +5.316), 6 a 12 de abril (16.585, +5.307), 13 a 19 de abril (20.206, +3.621), 20 a 26 de abril (23.683, +3.477), 27 de abril a 3 de maio (25.282, +1.599) e 4 a 10 de maio (27.581, +2.299)
Evolução do número de mortes por semana: 2 a 8 de março (0), 9 a 15 de março (0), 16 a 22 de março (14, +14), 23 a 29 de março (119, +105), 30 de março a 5 de abril (295, +176), 6 a 12 de abril (504, +209), 13 a 19 de abril (714, +210), 20 a 26 de abril (903, +189), 27 de abril a 3 de maio (1.043, +140) e 4 a 10 de maio (1.135, +92)
Evolução do número de recuperados por semana: 2 a 8 de março (0), 9 a 15 de março (0), 16 a 22 de março (5), 23 a 29 de março (43, +38), 30 de março a 5 de abril (75, +32), 6 a 12 de abril (277, +202), 13 a 19 de abril (610, +333), 20 a 26 de abril (1.329, +719), 27 de abril a 3 de maio (1.689, +360) e 4 a 10 de maio (2.549, +860)
Caracterização dos óbitos
Sete dos nove mortos na região Norte. Mantém-se a incidência nas pessoas acima dos 70 anos (sete das nove mortes neste Boletim), que representam 86,7% das 1.184 mortes por Covid-19 no país (792 acima dos 80 anos, 235 entre os 70 e os 79 anos). Das nove mortes nas últimas 24 horas, só quatro foram registadas em pessoas acima dos 80 anos. De referir ainda a 13.ª vítima entre os 40 e os 49 anos, sendo que duas das nove mortes tinham menos de 60 anos. A nível de regiões, e como tinha acontecido na véspera, o Norte teve a maioria dos mortos nas últimas 24 horas (sete, num total de 674), bem mais do que em Lisboa e Vale do Tejo (duas, num total de 259). Não se registaram óbitos nas últimas 24 horas no Centro, no Alentejo, no Sul, nos Açores e na Madeira.
Caracterização do número de casos por região
64,2% dos novos casos em Lisboa e Vale do Tejo. O Norte continua a ser a região com o maior número de casos mas continua a haver uma tendência a mudar nos últimos dias: ao contrário do que se passou ao longo de muitos dias até à última semana, Lisboa e Vale do Tejo voltou a ter um aumento maior do que o Norte, com mais 120 casos num total de 7.767, uma subida percentual de 1,6%. Ou seja, 64,2% dos novos casos nas últimas 24 horas foram nessa região. Já o Norte teve mais 54 casos, um aumento de 0,3% num total de 16.166. Houve ainda subidas em mais duas regiões: mais dez casos no Centro (0,3%, num total de 3.569) e mais três no Sul (0,9%, num total de 354). Alentejo, Açores e Madeira não tiveram novos casos como já tinha acontecido na véspera.
Número de países e casos importados
17.º dia nos últimos 18 sem registo de novos casos importados. Depois de 11 dias consecutivos sem qualquer alteração no número de casos importados, o número de casos importados voltou a mexer na passada sexta-feira com mais 19 casos mas não mais registou variações a partir desse momento. Assim, mantêm-se os 770 casos importados de 50 países. Espanha (177), França (137), Reino Unido (88), Emirados Árabes Unidos (48) e Suíça (45) continuam a ser os cinco países com maior registo de casos importados.
Número de casos por grupo etário
Só 10,7% de novos casos acima dos 70 anos. A faixa entre os 50 e os 59 anos continua a ser aquela que tem o maior número de casos de Covid-19, de acordo com o Boletim de hoje: mais 46 casos, num total de 4.792, enquanto a faixa entre os 40 e os 49 anos registou mais 30 casos, num total de 4.758. Nos outros dois grandes parâmetros de análise, houve um total de apenas 10,7% de novos casos acima dos 70 anos (mais seis, num total de 2.388) e acima dos 80 anos (mais 14, num total de 4.284), bem inferior ao que se verificou entre pessoas abaixo dos 50 anos (60,4%, com 113 dos 187 novos casos nas últimas 24 horas). A faixa etária que mais subiu em relação à véspera foi entre os 50 e os 59 anos, seguida do grupo etário dos 20 aos 29 anos (mais 39, num total de 3.450).
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
Menos internados, mais casos em UCI. O número de casos em internamento voltou a sofrer uma descida marcante, com menos 12 casos num total de 680 que representa um decréscimo percentual de 1,7% (menos 125 casos do que na segunda-feira). Já o número de casos em Unidades de Cuidados Intensivos, que estava a descer de forma contínua desde quarta-feira da semana passada, teve um ligeiro acréscimo de mais uma pessoa na terça-feira e voltou agora a subir, com mais cinco casos do que na véspera (mais 4,9%, num total de 108).
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
Casos suspeitos e não confirmados com subidas pouco acima de 1%. O Boletim de hoje apresenta valores estabilizados nos parâmetros mais gerais de todos os campos em causa: o número de casos suspeitos teve um aumento de 1,2% (mais 3.324, num total de 286.285) e o número de casos não confirmados subiu também 1,2% (mais 3.147, num total de 255.290), ao passo que os contactos em vigilância pelas autoridades de saúde desceram mais uma vez, agora 0,7% (menos 196, num total de 26.082) e os casos a aguardar resultados, que tinham caído na véspera 1,2%, desceram agora 0,4% (menos dez, num total de 2.676).
Caracterização dos casos por género
58,7% dos casos entre mulheres. Continua a confirmar-se uma tendência de distribuição por género em Portugal: a percentagem de mulheres infetadas tem vindo a subir de forma ligeira e gradual, depois da inversão registada na véspera, com mais nove mulheres do que homens infetados apenas em relação a este novo Boletim num total de mais 4.925 casos positivos em mulheres (num total de 16.622 casos, 58,7% dos 28.319 em Portugal).
Número de casos por concelho
Lisboa volta a ter o maior aumento. Lisboa continua a ser o concelho do país com mais casos de Covid-19, num total de 1.835 (mais 24 do que na véspera), e teve o maior crescimento neste Boletim, marcado pelas subidas noutros concelhos de Lisboa e Vale do Tejo: houve mais 19 casos em Vila Franca de Xira (total de 286), mais 17 em Loures (total de 576) e mais 12 na Amadora (total de 496). Aveiro foi o outro concelho do país com uma subida de dois dígitos, neste caso com mais dez (total de 324). Alguns concelhos do Norte com mais casos tiveram subidas residuais, casos de Vila Nova de Gaia (mais dois, total de 1.463), Porto (mais cinco, total de 1.311), Matosinhos (mais três, total de 1.220), Braga (sem novos casos, total de 1.153) ou Gondomar (mais um, total de 1.051).
Caracterização dos casos confirmados por sintomas
Tosse continua como principal sintoma. Os sintomas apresentados entre testes positivos (com informação de 89% desses casos, a mesma percentagem da véspera) não sofreram qualquer variação em relação à véspera: há uma preponderância maior de tosse (42%) e febre (30%), seguidas de dores musculares (21%) e cefaleia (20%). Fraqueza generalizada (15%) e dificuldades respiratórias (12%) são os sintomas com menor taxa de incidência.
