As comissões bancárias diminuíram 21% entre 2010 e 2019, a margem financeira 17% e o produto bancário 31%, avançou esta sexta-feira a Associação Portuguesa de Bancos (APB).

“O produto bancário, entre 2010 e 2019, teve uma diminuição de cerca de 30%, a margem financeira reduziu-se 17% e as comissões bancárias 21%”, indicou o secretário-geral da APB, em resposta aos deputados numa audição parlamentar no âmbito do grupo de trabalho das comissões bancárias.

Norberto Rosa afirmou que esta evolução coloca um desafio “muito grande” para os bancos manterem as suas receitas, “num período em que se perspetiva que as taxas de juro continuarão com valores negativos ou muito baixos”.

Por sua vez, a diretora-geral da APB, Catarina Cardoso, assegurou que as comissões têm mantido “uma estabilidade” em termos de peso relativo no total do produto bancário.

No entanto, esta responsável admitiu que, face à pressão sobre a margem financeira, as comissões podem vir a assumir um peso maior, o que “não significa necessariamente” um aumento dos valores individuais cobrados.

“Pode vir por via do volume ou de outro tipo de prestações associadas aos serviços”, precisou, sem avançar mais detalhes.

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