Nos próximos 15 dias, os Estados Unidos deverão chegar aos 100 mil mortos. Esta sexta-feira, segundo a contagem do WorldMeter, o país já contava com 88.298 vítimas mortais da pandemia. A previsão de mais 12 mil óbitos em duas semanas foi feita por Robert Redfield, diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o CDC, no Twitter.

Contas feitas, a média seria de 800 óbitos por dia, número bastante inferior aos números dos últimos três dias, datas em que se registaram valores sempre acima dos 1.600 óbitos, ou seja, o dobro do que agora se prevê.

“O CDC segue 12 modelos diferentes de previsão de possíveis mortes de Covid-19 nos EUA. A 11 de maio, todos eles previam um aumento nas mortes nas próximas semanas e um total acumulado superior a 100.000 até 1 de junho”, escreveu o diretor do CDC na rede social. A publicação de Robert Redfield surge numa altura em que a Universidade de Washington reviu o modelo e as métricas usadas pelo Instituto de Saúde norte-americano, passando agora a prever um total de 147 mil mortes até 4 de agosto no país.

CDC tracks 12 different forecasting models of possible #COVID19 deaths in the US. As of May 11, all forecast an increase in deaths in the coming weeks and a cumulative total exceeding 100,000 by June 1. See national & state forecasts: https://t.co/PI1AtLCCmt pic.twitter.com/iylBnom5U0

— Dr. Robert R. Redfield (@CDCDirector) May 15, 2020

O governo espanhol excluiu Madrid e Barcelona das medidas de alívio do confinamento. A partir de segunda-feira, a esmagadora maioria das regiões espanholas dará início a primeira das três fases de desconfinamento do país.

A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, já reagiu à decisão do Governo de Pedro Sánchez dizendo que a economia na região está arruinada, já que a cada semana que passa perde cerca de 18.000 empregos.

Já Ignacio Aguado, vice-presidente, diz que a decisão de manter a região na fase zero “não foi técnica, mas política” e condena “milhares de moradores de Madrid à ruína”.

El Gobierno no deja a Madrid pasar de fase y seguirá paralizada.

No hay explicación técnica.

No somos la región que más % de contagio tiene.

Estamos preparados.

Se arruinan nuestros comercios y cada semana perdemos entorno a 18.000 empleos.

Madrid ha cumplido.

— Isabel Díaz Ayuso (@IdiazAyuso) May 15, 2020

A Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) deixou o alerta esta sexta-feira: o novo coronavírus já se espalhou por 38 povos indígenas do Brasil, com um total de 446 contágios e 92 mortes, segundo balanço da instituição. “É com assustadora velocidade que o vírus chega nos territórios indígenas de todo o país”, afirmou em comunicado.

A maioria dos casos foi registada na Amazónia brasileira, onde há dezenas de povos indígenas. Já o Instituto Socioambiental aponta para 301 casos de indígenas infetados e 19 mortes só em áreas não urbanas.

O Brasil registou nas últimas 24 horas novos 15.305 novos casos de infeção e 824 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde dados pelo Folha de São Paulo. Desde o início da pandemia são já 218.223 o total de infetados, 14.817 os mortos.

Neste momento há 118.436 infetados no país e 84.970 recuperados.

A PSP vai acompanhar o regresso, na segunda-feira, à atividade dos estabelecimentos de ensino do 11.º e 12.º anos de escolaridade e 2.º e 3.º anos dos cursos de dupla certificação do ensino secundário e as creches com opção de apoio à família.

Em comunicado, a PSP diz que vai intensificar a vigilância e o patrulhamento de visibilidade e de proximidade, assim como vai promover ações de sensibilização/informação sobre a situação de saúde pública e fiscalizar regras, como o uso de máscaras — obrigatório para funcionários docentes e não docentes e alunos, exceto crianças até aos 6 anos.

A Dinamarca não registou nenhuma morte por coronavírus nas últimas 24 horas, algo que não acontecia no país desde 13 de março, anunciou o Ministério da Saúde.

A 12 de março, o país fez algumas mudanças nas sua estratégia de lidar com o vírus e começou a aumentar o número de testes à população. Com um acumulado de 10.791 casos de contágio, a Dinamarca tem atualmente 1.295 casos ativos e registou um total de 537 mortes.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) está à procura de provas que liguem a infeção por coronavírus e a doença de Kawasaki, uma síndrome inflamatória que afeta crianças. O anúncio foi feito por Tedros Adhanom Gebreyesus, presidente da OMS, que considerou o estudo desta relação “crítico e urgente”.

Assim, deixou um apelo a todos os médicos do mundo: “Trabalhem com as autoridades nacionais e com a OMS para estarem alerta e melhor se compreender esta síndrome nas crianças”.

Já Maria Van Kerkhove, também da OMS, anunciou que a organização está a contactar médicos para aprender mais sobre a doença. “Precisamos de mais informação. Em algumas crianças com a doença de Kawasaki foi detetada Covid-19, noutras não. Não sabemos, por isso, se estão associadas ou não.”

A Amazon “está a trabalhar numa reabertura gradual a partir de 19 de maio” em França, disse fonte oficial da empresa à AFP, depois de negociar com os sindicatos as condições para retomar a atividade nos seis armazéns localizados naquele país.

A empresa interrompeu temporariamente suas operações em França, a 16 de abril, depois de um tribunal de Paris concluir que a multinacional falhou em proteger os seus trabalhadores da pandemia. Se não cumprisse a ordem judicial, a Amazon pagaria uma multa diária de 1 milhão de euros .

Todos os clientes cujos voos foram cancelados por causa da pandemia serão reembolsados, anunciou o grupo Air France-KLM, através de comunicado divulgado no seu site. “A Air France e a KLM decidiram ajustar sua política de reembolso para cancelamentos de voos e a partir de 15 de maio os clientes poderão optar pelo crédito ou reembolso.”

A companhia aérea alerta que o processamento dos reembolsos poderá demorar devido à “escala da crise e ao número de cancelamentos”. Por isso, incentiva os clientes a optarem pelo crédito, prometendo um bónus de 15% no valor do bilhete inicial, se esse crédito for transferido para uma nova reserva.

O Governo determinou, através um decreto aprovado em Conselho de Ministros, a reabertura ao público dos centros de inspeção automóvel a partir do dia 18 de maio de 2020, impondo-se, no entanto, o cumprimento de medidas de ocupação, permanência e distanciamento físico que salvaguardem os utentes e os funcionários. Mantém-se, no entanto, a prorrogação do prazo por cinco meses dos carros com matrícula entre 13 de março de 2020 até ao dia 30 de junho de 2020.

A partir de 18 de maio de 2020 é retomado o ensino da condução nas modalidades de ensino teórico e de ensino prático da condução, assim como a realização de exames teóricos da condução e os exames teóricos para obtenção de capacidade profissional. A de partir de 25 de maio de 2020 é possível retomar a realização dos exames práticos da condução e certificação de profissionais. Também com regras sanitárias como o uso obrigatório de máscara, as regras de distanciamento e de higienização.

Os Parques de Campismo e Caravanismo e Áreas de Serviço de Autocaravanas podem reabrir a partir de segunda-feira, 18 de maio, limitando a lotação máxima a dois terços da sua capacidade total, de acordo com as recomendações das autoridades de saúde.

Segundo as decisões aprovadas esta sexta-feira em Conselho de Ministros, também os estabelecimentos turísticos e de alojamento local passam a poder prestar serviços de restauração e de bebidas ao público em geral, e não só aos seus hóspedes como até aqui se verificava.

Para reforçar a confiança de todos no destino Portugal e nos seus recursos turísticos, em todos os segmentos, o Turismo de Portugal atribui o selo Clean & Safe, sendo que mais de 4.000 empresas turísticas já aderiram aos seus requisitos.

Os 162 Parques de Campismo e Caravanismo registados no Turismo de Portugal podem requerer o selo online, através do Registo Nacional de Empreendimentos Turísticos, sendo que, até ao momento, perto de sessenta Parques de Campismo e Caravanismo já aderiram.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse esta sexta-feira que o seu governo está a trabalhar com vários países no desenvolvimento para uma vacina que previna a Covid-19, escreve a Reuters. Trump acredita mesmo, contra o que as autoridades internacionais anunciaram esta semana, que a vacina estará pronta até ao final deste ano de 2020.

Mal tenha a vacina, diz Trump, será distribuída massivamente pelos EUA com a ajuda de várias forças, incluindo as militares, começando pelos lares e pelas populações mais vulneráveis. O próprio Governo está a investir na descoberta e diz que há uma lista de 14 candidatos à procura da vacina, cuja investigação será assim financiada.

A pandemia de Covid-19 matou pelo menos 304.619 pessoas e infetou quase 4,5 milhões em todo o mundo desde dezembro, refere o balanço diário da AFP, às 19h TMG desta sexta-feira, baseado em dados oficiais.

Vírus já matou 304.619 pessoas e infetou quase 4,5 milhões em todo o mundo

No final da entrevista, António Costa admitiu que “o momento mais difícil” da pandemia “foi o dia 12 de março” aquele em que teve de “tomar a decisão sobre encerramento das escolas sem ter o suporte científico para tomar essa decisão. Tinha de arriscar”. Costa considera que “as pessoas perceberam a decisão e a decisão foi importante para esta dinâmica”, mas teria sido mais fácil com “consenso científico que não existiu”.

Sobre a Festa do Avante, António Costa diz que “há atividades que o Estado tem direito a proibir e restringir, há outras que não tem, designadamente no que tem a ver com a atividade política”. Pode fazer-se comício? “Desde que se cumpra regras”, responde o primeiro-ministro na entrevista à CMTV. “Temos de ter bom senso na forma como as coisas foram feitas”, argumenta.

Costa diz perceber que a limitação de 50% nos restaurantes é pesada, mas “será avaliado na próxima quinzena como vamos flexibilizar” esta lotação. E dá o exemplo que viu na Autoeuropa: “Dois separadores de acrílico em cima da mesa, que nos restaurantes pequenos permitiria estarmos frente a frente, cada um a comer o seu bife, sem nos contaminarmos um ao outro”.

O primeiro-ministro diz que irá de férias e que confia nos portugueses para cumprir as regras das praias. E acredita que este ano os portugueses vão fazer férias dentro do país, sobretudo no interior.

Como vai medir o sinal de alarme caso tenha de voltar atrás? A resposta de Costa na entrevista à CMTV é que será avaliado o “risco de transmissão, estar a haver crescimento de infetados, a gravidade da infeção, a capacidade de resposta do SNS”. “Sabemos que temos de manter as distâncias, usar máscaras, lavar as mãos, mas tambºem temos de saber que se forma infectados, o SNS tem de ter capacidade” e essa “confiança é muito importante”.

António Costa diz que as empresas portuguesas que se reorganizaram para produzir materiais de proteção foram tantas que hoje são 600 as que estão certificadas. “Toda a Europa que está escaldada sobre a dependência que tem em relação a importações do extremo Oriente, não tenho a menor das dúvidas que grande parte do esforço de adaptação das empresas portuguesas vai ter escoamento para a exportação porque já estão a produzir mais do que as necessidades internas”.