Portugal vai participar na segunda-feira na reunião convocada pela Alemanha para debater um futuro levantamento das restrições nas viagens entre países europeus impostas por causa da pandemia da Covid-19, disse esta sexta-feira à Lusa fonte da diplomacia portuguesa.

À Lusa, a fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros precisou que Portugal será representado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

A Alemanha anunciou esta sexta-feira que tinha decidido convocar vários parceiros da União Europeia (UE) para um “diálogo” sobre possíveis medidas a adotar para um futuro levantamento das restrições nas viagens entre países do espaço europeu impostas por causa da crise sanitária do novo coronavírus.

A iniciativa foi anunciada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, pasta tutelada por Heiko Maas.

As agências internacionais divulgaram esta sexta-feira à tarde que a reunião, prevista para a próxima segunda-feira e que irá decorrer em formato virtual, ia contar com a participação de representantes de Espanha, Itália, Croácia, Malta, Grécia e Áustria, descritos como os destinos turísticos europeus preferenciais dos cidadãos alemães.

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O grande objetivo da chanceler alemã, Angela Merkel, é ter, caso a evolução da pandemia o permita, uma normalização total do espaço europeu de livre circulação (Schengen) a partir de 15 de junho.

Esta intenção foi expressa pela própria líder alemã numa intervenção no parlamento (Bundestag) na passada quarta-feira, no mesmo dia em que o governo federal alemão anunciou uma redução progressiva dos controlos fronteiriços, numa primeira fase, com a Suíça, Luxemburgo, Dinamarca, França e Áustria.

Também na passada quarta-feira, a Comissão Europeia lançou as recomendações para a gradual retoma das viagens na UE e para reabertura das fronteiras internas do espaço comunitário, pensando na retoma de dois dos setores mais afetados pelo impacto da pandemia, Turismo e Transportes, com perdas que ascendem aos milhares de milhões de euros.

Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença Covid-19 já provocou mais 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias France Presse (AFP).

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.