A presidente da Câmara de Matosinhos considerou esta sexta-feira que a implementação das medidas de acesso às praias que estão a ser trabalhadas pelo Governo vai ser “muito desafiante”, estando disponível para alocar recursos para garantir a segurança.

Questionada pelos jornalistas à margem da cerimónia de inauguração do túnel de ligação da Avenida Calouste Gulbenkian à Autoestrada 28 (A28), em Matosinhos, Luísa Salgueiro salientou a importância das praias para o concelho e vê como essencial a gestão da sua utilização, num contexto de pandemia.

O Governo quer permitir o acesso às praias sem medidas coercivas, mas com um apelo à disciplina dos portugueses, estando prevista uma indicação luminosa da lotação do espaço, revelou na quinta-feira o porta-voz do PAN, André Silva, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa.

Para a autarca socialista, a próxima época balnear “vai ser muito desafiante”, sendo o bom senso essencial para garantir a segurança de todos.

É claro que o bom senso será sempre essencial. Creio que nenhuma norma que seja aplicada apenas por imposição terá sucesso e nós temos de fazer as pessoas acreditar na segurança que temos para lhes oferecer”, defendeu.

Nesse sentido, a autarquia de Matosinhos está empenhada em garantir “tudo corra bem” e colocará todos os recursos, sejam técnicos, humanos ou financeiros, ao dispor para que as praias “continuem a ser um bom cartão de visita” do concelho.

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A socialista sublinhou que a orla costeira de Matosinhos tem merecido um grande investimento por parte do município que, neste momento, está a investir milhões na substituição dos passadiços que percorrem toda área.

Na quinta-feira, o PAN adiantou ainda que “haverá uma média calculada de 10 metros quadrados por pessoa nas praias” e “uma espécie de semáforo ou uma indicação luminosa da lotação da praia”.

Estas medidas não estão contudo ainda fechadas, estando a ser debatidas internamente na Direção-Geral da Saúde (DGS).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.190 pessoas das 28.583 confirmadas como infetadas, e há 3.328 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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