A procura por bicicletas tem aumentado em várias cidades do país nas primeiras duas semanas de maio, escreve esta segunda-feira o jornal Público. Foram vários os lojistas que confirmam a tendência que se verifica também no Google Trends: desde abril que as pesquisas associadas à compra de bicicletas, sejam elas convencionais ou elétricas, também tem aumentado (o interesse foi muito maior do que aquele registado em anos anteriores).

O interesse pelas bicicletas não se compreende aos dias de desconfinamento, mas também ao período de estado de emergência através de compras online: o peso das bicicletas no total da faturação da Decatlhon em Portugal passou de 10% no ano passado para 30% durante o período de isolamento.

Mas esta é de longe uma realidade à escala nacional, com o mesmo a acontecer em vários países, como atesta o Jornal de Notícias, que se refere a uma maior adesão às bicicletas em França e no Reino Unido numa altura em que os transportes públicos já não são a primeira escolha devido aos receios gerados pela pandemia de Covid-19. No entanto, em Portugal as políticas de incentivo público ao uso regular de bicicletas são “praticamente nulas”, com as ciclovias a serem “insuficientes”, diz ao jornal João Brandão da MUBi — Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta.

Foi esta associação que pediu à CP – Comboios de Portugal que revogasse a suspensão do transporte de bicicletas — depois do pedido e de uma petição online, o transporte é possível a partir desta segunda-feira, dia 18 de maio, que marca o arranque da segunda fase de desconfinamento.

A MUBi enviou ainda, a 26 de março, um pedido ao Governo para “apoiar e encorajar” esta forma de deslocação enquanto a pandemia continuar a condicionar o quotidiano. De referir ainda que em Itália, por exemplo, o Governo pode pagar até 60% do valor total que os cidadãos despenderem na compra de uma bicicleta (num valor máximo de 500 euros).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR