O Presidente francês e a chanceler alemã realizam esta segunda-feira uma videoconferência e apresentam depois, em conferência de imprensa conjunta, uma “iniciativa franco-alemã” no contexto da crise do coronavírus, disse a Presidência francesa.

Emmanuel Macron e Angela Merkel “vão reunir-se por videoconferência”. No final desta reunião, por volta das 17h (16h em Lisboa), irão realizar uma conferência de imprensa conjunta e publicarão uma declaração conjunta apresentando uma iniciativa franco-alemã, disse o Palácio do Eliseu.

Esta iniciativa vai concentrar-se na saúde, recuperação económica, transição ecológica e digital, bem como na soberania industrial.

Em Berlim, a chancelaria informou que Angela Merkel e Emmanuel Macron irão reunir-se e realizar uma conferência de imprensa “sobre uma iniciativa franco-alemã em relação à recuperação económica da Europa”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Numa conversa telefónica em 8 de maio, marcando o 75.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, os dois líderes enfatizaram a necessidade “mais imperativa do que nunca” para o envolvimento europeu.

A Comissão Europeia (CE) deverá apresentar em 27 de maio em Bruxelas as suas propostas do orçamento plurianual da União Europeia para 2021-2027 e do fundo de recuperação da economia europeia no quadro da crise da Covid-19.

O fundo de recuperação, por muitos classificado como um novo “Plano Marshall” para a Europa, é considerado o grande instrumento da União Europeia para ultrapassar a crise da Covid-19, que, segundo estimativas da Comissão Europeia, provocará uma contração recorde de 7,7% do Produto Interno Bruto da zona euro este ano e de 7,4% no conjunto da União.

Uma cimeira europeia deverá ser convocada para negociar a capacidade de endividamento, o uso de fundos e os termos dos reembolsos, informou a Comissão. “Uma reunião física é necessária perante os desafios”, referiu a CE.

O Parlamento Europeu terá então de aprovar este novo instrumento económico.

Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.218 pessoas das 29.036 confirmadas como infetadas, e há 4.636 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.