Os Serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos pediram um resgate de emergência de 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) ao Congresso, para compensar a quebra de receitas devido à pandemia da Covid-19.

A agência governamental dos EUA responsável pela emissão de vistos e pedidos de cidadania é financiada pelas tarifas cobradas aos imigrantes que pretendem viver ou trabalhar no país.

Desde março, com o encerramento das fronteiras com o Canadá e o México e a redução dos fluxos migratórios, houve uma queda drástica nos pedidos, disse um porta-voz daquele organismo, citado pela imprensa local.

Sem a ajuda do Congresso, os Serviços de Cidadania e Imigração preveem que ficarão sem fundos próprios até ao fim do verão e que as suas receitas caiam mais de 60% até final do ano.

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Além do resgate de emergência pedido na sexta-feira ao Congresso norte-americano, de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros), a agência governamental anunciou que vai aumentar as tarifas em 10% e que “terá de tomar medidas drásticas para se manter à tona”.

Com a crise do novo coronavírus, o processamento de vistos pelo Departamento de Estado está praticamente suspenso, tendo as viagens para os EUA sido severamente restringidas.

Em abril, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou uma suspensão de 60 dias na emissão de cartões de residência permanente (os chamados green card), para limitar a procura de emprego, numa economia abalada pela crise da Covid-19.

Desde o início da epidemia, os Estados Unidos registaram 89.550 mortos por Covid-19, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins, além de 1.486.376 casos confirmados de infeção.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.