Vários grupos armados estão a aproveitar a situação de confinamento na Colômbia devido à pandemia para fortalecer a sua “legitimidade social” e aumentar o seu controlo territorial, denunciou na segunda-feira a Defensoria do Povo.

A Defensoria do Povo (entidade análoga à Provedoria de Justiça), citada pela agência Efe, emitiu na terça-feira um alerta realçando que estes grupos põem em risco a população ao decretarem normas de funcionamento a estabelecimentos comerciais e de lazer.

O organismo destacou ainda que os grupos ilegais têm feito o controlo de preços a alimentos e materiais de saúde, e que as suas ações estão a ser feitas para ganhar vantagem militar.

Além disso, estes estão a bloquear vias terrestres e fluviais em alguns locais, e limitam a chegada de alimentos e equipamentos médicos.

Durante o confinamento na Colômbia, que começou em 25 de março, o organismo registou já 10 homicídios nas regiões de Arauca, Cauca e Nariño que terão sido cometidos porque as vítimas violaram as medidas impostas. Dois dos homicídios resultaram de um ataque a uma caravana médica, acrescentou.

A Defensoria do Povo alerta ainda que, desde o início da quarentena obrigatória na Colômbia, os grupos ilegais cometeram tentativas de homicídio, queimaram veículos como punição às restrições na circulação, fizeram retenções arbitrárias, ameaças e mudanças forçadas devido ao desrespeito das suas regras.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 316.000 mortos e infetou mais de 4,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

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