O super ciclone Amphan que ameaça atingir, em menos de 36 horas, a Índia e o Bangladesh com enxurradas está a obrigar à retirada de milhões de pessoas das zonas costeiras. Uma tarefa que se revela ainda mais difícil por causa das medidas em curso relacionadas com a pandemia de Covid-19.
Esta poderá ser a pior tempestade alguma vez registada no Golfo de Bengala, com ventos a atingir os 270 quilómetros por hora, uma força equivalente a um furacão de categoria 5 na escala Saffir–Simpson.
De acordo com o Centro de Desastres do Pacífico, citado pela CNN, mais de 33,6 milhões de pessoas na Índia e 5,3 milhões no Bangladesh poderão estar expostas aos ventos fortes do Amphan.
Este super ciclone poderá provocar ondas enormes e largar grandes quantidades de chuva, provocando várias inundações. Neste momento, as autoridades dos dois países lutam contra o tempo para evacuar as regiões costeiras.
Na Índia, em situações normais, há espaço para alojar até 500 mil pessoas em abrigos, mas por causa das regras de distanciamento social impostas devido à pandemia, esse número terá agora que ser reduzido para 200 mil. Além disso, as autoridades vão também disponibilizar autocarros para a evacuação da população, mas alertam que muitos vão ter que se deslocar a pé para os abrigos.
Já no Bangladesh, há planos para evacuar cerca de 2 milhões de pessoas das zonas mais próximas da costa para 12 mil abrigos, com capacidade para alojar de forma segura pelo menos 9,1 milhões, assegurando o distanciamento social.
A tempestade aproxima-se numa altura de grande dificuldade para ambos os países devido à pandemia de Covid-19. A Índia registava na segunda-feira mais de 100 mil infetados, enquanto o Bangladesh contabilizava quase 24 mil casos positivos.