A Agência Portuguesa do Ambiente, que elaborou em parceria com o governo as normas que vão regular o funcionamento das praias este verão, divulgou um manual de boas práticas com mais detalhes sobre o que vai mudar. Uma das regras diz respeito ao plano de contingência que terá de haver nas praias para o caso de ser detetado um caso suspeito de infeção pelo novo coronavírus.

Para isso, tal como foi avançado pelo Correio da Manhã e como se lê no referido Manual, os postos de primeiros socorros das praias devem “compreender uma área destinada ao isolamento de casos suspeitos da Covid-19”. Esses mesmos postos devem ter termómetros e equipamento de proteção individual.

Por casos suspeitos, a APA considera todos os banhistas ou prestadores de serviço que estejam na praia que tenham tosse aguda, persistente, febre (mais de 38 graus) ou dificuldade respiratória.

“Deve ser desenvolvido um plano de contingência para lidar com as situações consideradas suspeitas da doença Covid-19, de acordo com as regras definidas pela DGS, incluindo a identificação do local para onde se deve dirigir qualquer caso suspeito, isto é nos casos em que sejam identificados banhistas ou prestadores de serviço que desenvolvam quadro respiratório agudo de tosse (persistente ou agravamento de tosse habitual), ou febre (temperatura ≥ 38.0ºC), ou dispneia/dificuldade respiratória, são considerados suspeitos de Covid-19”, lê-se.

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Para que a identificação do casos suspeito seja eficaz, o local para onde os presumíveis doentes se devem dirigir deve estar bem definido e identificado no acesso à praia. “O responsável pela gestão do posto de primeiros socorros deve encaminhar os casos suspeitos para o espaço de isolamento e prestar todo o apoio que se revele necessário, interditando a aproximação de qualquer outra pessoa até à chegada da equipa de emergência médica”, lê-se ainda.

Um semáforo virtual, chapéus a 3 metros e vendedores com máscara. Estas são as novas regras para ir à praia este verão

O manual de boas práticas da época balnear da APA, que pode ser lido na íntegra aqui, refere ainda regras para a recolha de resíduos e para a colocação de caixotes do lixo nas praias, que devem ter, de preferência, uma abertura através de pedal, assim como especifica as regras a ter em conta quando utilizar as casas de banho públicas existentes nas instalações de apoio à praia. Sobre o distanciamento entre banhistas e chapéus de sol, as regras são as que o governo já fez saber: 1,5 metros entre banhistas que não estejam no mesmo grupo, e 3 metros entre chapéus e toldos.

Além das normas individuais, o manual especifica ainda os mecanismos de articulação entre as diferentes entidades e intervenientes, desde as autarquias às capitanias, passando pelas autoridades policiais que devem fiscalizar o cumprimento das regras.