A comunidade internacional poderá avançar com novas medidas para aliviar o endividamento dos países mais pobres, sobretudo após a moratória recentemente aprovada pelo G20, afirmou esta quarta-feira a chanceler alemã, Angela Merkel.

“Demos um primeiro passo com a moratória sobre a dívida aprovada pelo G20 e pelo Clube de Paris, mas trata-se de uma moratória que prevê que o serviço da dívida não seja reembolsado”, afirmou Merkel, em declarações à imprensa, após encontros, por videoconferência, com responsáveis de instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM).

Segundo a chanceler alemã, nas discussões foi sublinhado que o passo já dado não seja o último gesto para apoiar os países pobres, adiantando que deverão seguir-se outras iniciativas que dirão respeito, em particular, à sustentabilidade da dívida.

Em meados de abril, os países do G20 decidiram suspender por um ano o reembolso da dívida dos países mais pobres, com o objetivo de os ajudar a fazer face à pandemia de Covid-19.

A moratória permitirá libertar cerca de 20.000 milhões de dólares (cerca de 18.300 milhões de euros) e dar um balão de oxigénio aos países mais vulneráveis.

A dívida total do continente africano, cujos 54 países reclamam a anulação, está estimada em cerca de 365.000 milhões de dólares (em redor de 333.900 milhões de euros). Um terço do montante é devido à China.

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