A maioria das grávidas portugueses infetadas pelo novo coronavírus não apresentava sintomas da doença, revelou ao Jornal de Notícias a infecciologista Margarida Tavares, do Hospital de São João. Até ao dia 7 de maio, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde acolheram 84 grávidas infetadas, que deram à luz 85 bebés.

Só três destas mulheres tiveram sintomas graves e precisaram de ser acompanhadas na unidade de cuidados intensivos depois do parto, noticia esta quarta-feira o Jornal de Notícias. Os casos ocorreram todos no Hospital de São João. Ainda assim, as grávidas “não parecem ter um risco aumentado de complicação nem de infeção”.

A maioria destas 84 mulheres só soube que estava doente com a Covid-19 depois do rastreio efetuado já no hospital. De acordo com o Jornal de Notícias, o Hospital Pedro Hispano, que acompanhou uma totalidade de 13 mães infetadas e que ainda está a assistir duas grávidas, é o que tem mais casos. Também é o único com o caso de uma mãe de gémeos infetada pelo novo coronavírus.

Em tempos de crise sanitária, a maior parte dos hospitais separa os recém-nascidos das mães infetadas. É uma recomendação da Direção-Geral da Saúde, embora admita a possibilidade de mãe e filho estarem juntos durante o isolamento. Mas há hospitais que deixam ao critério das mães a escolha, conta o Jornal de Notícias.

Nos casos das mulheres que escolhem fazer o isolamento juntamente com os recém-nascidos, o berço da criança fica a dois metros da cama da mãe, que deve usar máscara. Antes da amamentação, o peito materno deve ser desinfetado.

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