O antigo presidente do CDS Manuel Monteiro já é oficialmente, de novo, militante do partido, anunciou o atual presidente, Francisco Rodrigues dos Santos, que classificou “a aceitação da refiliação de Manuel Monteiro” como “um sinal de reunificação do CDS-PP e de reunião de todos em torno da História do partido”.

Manuel Monteiro, que liderou o CDS entre 1992 e 1998, abandonou o partido em 2003, em divergência com Paulo Portas, para fundar a Nova Democracia, partido que acabaria por ser extinto em 2015. A possibilidade de regresso ao partido tem sido um tema presente no CDS desde a saída de Portas da liderança, e entre 2018 e 2019 houve o ex-líder reaproximou-se da esfera do partido, aceitando vários convites para participar em conferências organizadas pelo CDS — particularmente da Tendência Esperança em Movimento, a ala mais conservadora do partido.

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Em setembro do ano passado, foi oficializada a intenção de regressar à militância ativa, com uma proposta de filiação entregue na concelhia da Póvoa de Varzim. Mas esse assunto foi deixado, pela direção de Assunção Cristas, na “pasta de transição” para ser decidido pelo novo líder que viesse a ser eleito em janeiro deste ano.

Durante o período que antecedeu o congresso de janeiro, Manuel Monteiro posicionou-se ao lado de Francisco Rodrigues dos Santos, chegando a afirmar que com ele estavam reunidas as condições para que o “pensamento conservador triunfe em Portugal”.

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Numa publicação colocada esta quarta-feira no Facebook, Francisco Rodrigues dos Santos exibiu uma fotografia da entrega do cartão de militante, que decorreu na segunda-feira (porque a pandemia impediu uma cerimónia anterior), e assegurou que, “quando se ambiciona conquistar o futuro, tem de se juntar o passado e não excluir pessoas”.

“Sob a minha liderança, acolherei todos aqueles que estiveram ligados à família CDS e que querem ajudar neste processo de reafirmação do partido”, escreveu o líder centrista. “O caminho é alargar, não é estreitar. Comigo, o CDS reunirá todos os que estão, os que estiveram e os que nunca estiveram, mas podem vir a estar.”