Uma operária de uma fábrica de Loures encontra-se internada nos cuidados intensivos do Hospital Beatriz Ângelo com infeção por Covid-19, revelou esta quinta-feira o delegado de saúde, adiantando que os colegas mantém-se ao trabalho por serem de “baixo risco” de contágio.

“Trata-se de uma operária cujo último dia de trabalho reporta a 11 de maio, foi diagnosticada Covid positiva em 16 de maio e foi hospitalizada três a quatro dias depois. Está nos cuidados intensivos do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures”, adiantou à Lusa o delegado de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Loures/Odivelas, José Calado.

De acordo com o responsável, todos os operários da linha de produção da Kilom foram considerados no inquérito epidemiológico que as autoridades de saúde fizeram como “de baixo risco”, porque “estão assintomáticos e usam os equipamentos de proteção individual adequados”.

Segundo José Calado, trata-se de uma empresa “bem organizada”, que está a fazer o controlo de temperatura aos funcionários “à entrada e saída do estabelecimento”, além de que os funcionários estão a trabalhar de “viseira, máscara, luvas e fato” de proteção. “Estão trabalhar e não têm indicação da nossa parte para isolamento”, frisou.

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De acordo com um funcionário da Kilom, fábrica de produtos de charcutaria, a operária em questão trabalhava numa seção com 20 pessoas que não foram testadas. De acordo com a mesma fonte, trabalham cerca de 700 pessoas na empresa. A Lusa pediu mais informações à empresa sobre a situação, mas até ao momento não obteve resposta.

Na sua página oficial da internet, a Kilom anuncia estar no mercado desde 1968, tendo-se imposto como “referência na agroindústria nacional por ter sido pioneira no processamento de carne de aves”

No início da década de 90, a Kilom integrou um dos maiores grupos da industria agroalimentar do país e o maior no sector avícola — o grupo Valouro, tendo implementado, desde 2005, o Sistema de Gestão de Segurança Alimentar, de acordo com Norma ISO 22000.