De acordo com L´Argus, a Dacia vai fazer sair de cena o Lodgy já no próximo ano, em reflexo de um desempenho comercial abaixo das expectativas. Contudo, a marca romena do Grupo Renault não pretende abrir mão de continuar a ter no seu portefólio um modelo capaz de transportar até sete pessoas. Como o Duster com dois lugares extra não foi para a frente, surge agora a indicação de que esse requisito vai ser assegurado pelo substituto do Lodgy: um modelo com uma estética mais moderna, aventureira e igualmente mais alta. Por outras palavras, um SUV, pese embora o próprio o site francês chame a atenção para o facto de este projecto ter como nome de código RJI, nomenclatura que o grupo usa habitualmente para identificar minivans…

L’Argus não só garante que será uma proposta a dar ares de SUV, como é fértil na quantidade de informações acerca do novo modelo. Com base na plataforma modular CMF-B da Aliança, a mesma que serve o novo Clio e o Captur, o substituto do Lodgy vai ter cerca de 4,5 metros de comprimento, reforçando a habitabilidade dos sete ocupantes através de uma maior altura, o que conferirá a sensação de maior espaço a bordo. A propósito, o interior vai seguir a linha inaugurada pelo futuro Sandero, isto é, com um enorme ecrã digital ao centro.

A modularidade deverá ser um dos seus atributos, sendo de esperar limitações a nível dos sistemas de segurança e de ajuda à condução, que nem figurarão na lista dos opcionais, ao contrário do que acontece com o Clio ou o Captur. Ainda assim, lá estarão o alerta de saída involuntária da faixa de rodagem e o detector de ângulo-morto.

Mais interessante do que a lista de equipamento é o facto de, ao que parece, caber a este Dacia a “honra” de estrear a tecnologia híbrida do grupo. Ou seja, tal como o Cio, também o SUV romeno vai usufruir da nova tecnologia de motores de combustão electrificados da marca francesa, chamada E-Tech. Significa isto que vai associar um motor a gasolina com um motor eléctrico alimentado por uma pequena bateria de iões de lítio, capaz de lhe reduzir os consumos e de assegurar alguns (poucos) quilómetros em modo exclusivamente eléctrico. Fica a dúvida se a solução será directamente herdada do utilitário francês que, aliás, vai chegar ao mercado português em Julho, conjugando um 1.6 atmosférico (ciclo Atkinson) com cerca de 90 cv a uma unidade eléctrica com cerca de 70 cv, para uma potência combinada de 140 cv e 5 km em modo EV. Por esclarecer fica ainda se a versão E-Tech no Dacia não ficará apenas disponível para as versões de cinco lugares. Segundo os franceses, certo é que esta alternativa surgirá três a seis meses depois do SUV ser lançado com as mecânicas convencionais, nomeadamente o 1.0 e 1.3 TCe a gasolina e o 1.5 Blue dCi a gasóleo.

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