Um livro de história, uma obra sobre mitologia, um manual de anatomia, um livro de ilustrações e até um diário pessoal. “O Prazer” de Mária Hesse encerra em si mesmo todas estas realidades. O anúncio é feito logo no prólogo e deixa antever a fusão de histórias e de personagens que acompanham as ilustrações cheias de vida e de cor. Não é de bom senso, avisa-nos a sabedoria popular, julgar um livro pela capa, mas, neste caso, não vem mal ao mundo. Hesse é uma ilustradora dotada, com um traço muito característico. É também ela quem assina as obras “Frida Kahlo: Uma biografia” e “Bowie: Uma biografia”.

O livro chegou ao mercado nacional em fevereiro desde ano © Divulgação

O livro que explora o despertar da sexualidade — da própria autora e de mulheres de carne e osso ou ficcionais, como Maria Madalena, Simone de Beauvoir, Marilyn Monroe ou até Daenerys Targaryen (da saga “A Guerra dos Tronos”) — cruza, no arranque, religião e orgasmos. María Hesse não teme ser disruptiva. Ao Observador, explica que o faz porque, na sua opinião, as religiões monoteístas têm sido “machistas”, não só em termos de sexualidade, “e educaram-nos em culpa”.

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