A chegada ao mercado em Junho do primeiro veículo eléctrico da nova geração, o ID.3, que estreia a plataforma MEB, concebida especificamente para modelos alimentados por bateria, vai marcar o início de uma nova era na relação entre a Volkswagen AG e os seus concessionários. De momento, o acordo está fechado mas apenas para a Alemanha, sendo de esperar que se consiga alargar, pelo menos, ao resto do mercado europeu.

A principal diferença introduzida pelo novo sistema consiste na forma como o cliente vai começar a encomendar e a pagar o seu veículo, ou seja, directamente à VW. Porém, no momento da encomenda, é suposto que o comprador defina igualmente o concessionário – que adopta a denominação “agente” – que irá passar a ocupar-se do seu veículo, cuidando das revisões às assistências.

Ao invés de se preocupar com a venda, o concessionário passa a centrar-se na entrega do veículo ao cliente, na resposta a todas as suas questões, organizando test-drives e, eventualmente, negociando a retoma do usado, caso exista. E, ao que tudo indica, esta solução está apenas reservada para os modelos eléctricos, ou seja, ID.3, ID.4 e seguintes, com os Polo, Golf, Passat e todos os restantes com motor a combustão a manterem a forma tradicional de gerir o negócio.

Para a VW, a nova solução “tipo agência” vai permitir “integrar da melhor forma as vendas online com as que são asseguradas pelos stands de vendas”. E explicando as vantagens, o construtor afirma que os “parceiros já não têm de avançar com o financiamento dos veículos, nem adquirir os veículos de demonstração, uma vez que forneceremos leasings muito competitivos”.

A diferença para o cliente resume-se a passar a ver o construtor e o retalho como uma entidade única. Não foram, contudo, divulgadas as margens de lucro asseguradas pelo novo sistema de vendas em modo “agência”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR