Artigo atualizado

Um polícia foi detido esta madrugada numa operação que a PSP, no âmbito de uma investigação sobre um grupo criminoso violento com “atividades altamente lucrativas”, denominada de “Dupla Face” e que decorre há cerca de um ano, segundo confirmou o comissário Bruno Pereira, ao início da tarde.

Em causa estão crimes de associação criminosa, corrupção, favorecimento pessoal praticado por funcionário, extorsão, coação, detenção de armas proibidas e tráfico de estupefacientes.

O comunicado do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) emitido na manhã desta quarta-feira dava conta de dois agentes da PSP detidos no âmbito da operação, contudo, numa comunicação posterior, o porta-voz esclareceu que apenas um dos agentes foi detido, em desempenho de funções. O segundo foi apenas constituído arguido.

A operação decorreu esta madrugada, por volta das quatro da manhã, e arrancou com 22 buscas domiciliárias, 28 não domiciliárias e dois mandados de detenção, segundo confirmou a mesma fonte da PSP. Foram apreendidas duas armas, “bens e documentação relacionados com a atividade”, referiu ainda o comissário Bruno Pereira.

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No total foram detidas quatro pessoas, com idades compreendidas entre os 31 e os 48 anos, entre elas um agente da PSP, com cerca de 47 anos. Com esta última detenção, a própria Polícia de segurança Pública irá acionar mecanismos internos que darão seguimento ao caso. Ao todo, dez pessoas foram constituídas arguidas no decorrer da operação “Dupla Face”.

A operação teve lugar nos distritos de Lisboa, Setúbal e Beja e mobilizou “perto de 150 polícias”. Além dos mandados de detenção já emitidos, as restantes duas detenções foram feitas na sequências das buscas domiciliárias.

Um dos suspeitos, havia ainda referido a polícia, está já desde novembro de 2019 em prisão preventiva, no âmbito de outro processo, por suspeita de tentativa de homicídio.

Artigo atualizado dia 27 de maio, às 14h.