“Porquê alterar uma lei que até ao momento deu bom resultado?” Esta é a resposta do Bispo do Porto quando questionado pelo Observador sobre a posição da igreja católica relativamente à proposta do PS de alteração à lei que atribui nacionalidade portuguesa aos descendentes de judeus sefarditas, que exige uma prova de ligação à comunidade.

D. Manuel Linda diz ter “uma posição de base”: “Se há uma lei, creio que de 2013, que deu bom resultado, só por motivos muito especiais é que deve ser alterada. Eu não conheço as razões que justifiquem essa alteração. A nível de conferência episcopal, até porque já não estamos reunidos há bastante tempo, não temos nenhuma posição marcada de maneira oficial sobre este ponto, mas julgo que é uma posição de bom senso.”

O Bispo do Porto sublinha o facto de não haver necessidade de alterar o que está em vigor: “Estamos a favor da lei que já existia e, tanto quanto eu sei, é suficientemente ampla e permite obtenção da cidadania portuguesa a descendentes de pessoas que já saíram daqui há séculos”, afirma, concluindo que a lei atual é “mais ampla do que aquela que agora querem reformular”.

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