Com a crescente lotação dos canis, o número de animais abandonados nas ruas aumenta e os ataques a pessoas são cada vez mais frequentes, ultrapassando as 4 queixas por dia em 2019, principalmente em áreas urbanas, revelou esta quarta-feira o Jornal de Notícias.

Em 2018, foram registados pelas autoridades 1.359 ataques, mais 172 do que no ano anterior. No ano passado, o número voltou a subir, segundo o JN, tendo a PSP e GNR registado 1.526 ataques de cães.

A irresponsabilidade dos donos, a proibição do abate e consequente aumento de cães errantes e incapacidade de recolha pelos centros oficiais são as principais razões apontadas pela Associação Nacional de Médicos Veterinários dos Municípios (Anvetem) para justificar o aumento dos ataques a pessoas. No ano passado, o número de animais considerados perigosos por poderem atacar animais e pessoas aumentou para 1.665, mais 87 do que em 2018.

A associação defende que a lei que proíbe o abate em canis deve ser repensada porque os centros não têm capacidade para acolher todos os animais abandonados. Só em 2019, houve 768 denúncias por abandono, mais 50 do que no ano anterior. Segundo avançou o JN, o aumento de cães errantes deve-se essencialmente ao abandono.

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