Portugal vai contribuir pela primeira vez para a Gavi, a Aliança das Vacinas, com 100 mil euros, anunciou esta quinta-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, durante uma intervenção numa cimeira global de angariação de fundos organizada pelo Reino Unido.

“A atual pandemia recorda-nos de como as vacinas são cruciais. Contamos com a Gavi para a distribuição de uma futura vacina para a Covid-19, para que seja acessível a todos e possa constituir um bem público internacional para a saúde. Portugal tem vindo a fortalecer relações com a Gavi e pela primeira vez vamos contribuir financeiramente para a Aliança“, disse.

Marta Temido falou em inglês numa comunicação vídeo gravada previamente e transmitida durante um bloco em que intervieram líderes de outros países europeus, como França, Alemanha, Suíça, Turquia, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Espanha, Suécia, Dinamarca ou Finlândia.

Em nome da União Europeia (UE), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comprometeu-se com a contribuição de 300 milhões de euros para o período entre 2021 e 2025, a somar às contribuições individuais dos Estados membros.

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Segundo a responsável, no último mês a UE ajudou a angariar quase 10 mil milhões de euros para combater o coronavírus, dos quais 1,5 mil milhões de euros para a Gavi, para “acelerar a entrega de uma vacina acessível para a Covid-19 para todos os que precisem”. 

“Estamos preparados para discutir os méritos de uma encomenda global da vacina para a Covid-19”, acrescentou Von der Leyen.

A Cimeira Global da Aliança das Vacinas (Gavi) que pretende angariar 7,4 mil milhões de dólares (6,74 milhões de euros) para imunizar 300 milhões de crianças em cinco anos e salvar entre sete a oito milhões de vidas.

Embora a pandemia de Covid-19 esteja a dominar a cimeira, as vacinas são importantes para combater e evitar doenças como o sarampo, poliomielite, difteria, rubéola ou tétano.

A presidente da Gavi, Ngozi Okonjo-Iweala, disse durante a abertura do evento, realizado virtualmente, que a pandemia Covid-19 “focou a atenção do mundo como nunca tinha feito antes no papel crítico que as vacinas desempenham, não só em proteger vidas mas também os sustentos e a economia”.

A Gavi estima que, desde 2002, as campanhas de vacinação da Gavi ajudaram a gerar 150 mil milhões de dólares (133 mil milhões de euros) em benefícios económico nos respetivos países, protegendo 1,1 mil milhões de pessoas e evitando 21 milhões de mortes.

Nos próximos cinco anos, adiantou Okonjo-Iweala, a Gavi estima que possa produzir mais 80 a 100 mil milhões de dólares (71-89 mil milhões de euros) em benefícios económicos.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 385 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.455 pessoas das 33.592 confirmadas como infetadas, e há 20.323 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de três milhões, contra mais de 2,2 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 172, contra mais de 181 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

Cimeira internacional angaria cerca de 8 mil milhões de euros para vacinação

Uma cimeira internacional para angariar fundos para a Aliança das Vacinas Gavi superou esta quinta-feira a meta ao obter compromissos de financiamento de 8,8 mil milhões de dólares (7,8 milhões de euros) até 2025, anunciou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

“O trabalho coletivo desta cimeira vai salvar até oito milhões de vidas”, afirmou o chefe do Governo britânico, que foi o anfitrião do evento, realizado virtualmente através pela internet devido às restrições impostas pela pandemia Covid-19.

A Cimeira Global da Aliança das Vacinas (Gavi) pretendia angariar 7,4 mil milhões de dólares (6,74 milhões de euros) para imunizar 300 milhões de crianças nos próximos cinco anos contra doenças como o tétano, sarampo, poliomielite, difteria, rubéola ou cólera.

A Gavi ajudou a imunizar mais de 760 milhões de crianças em todo o mundo nos últimos 20 anos e prevê-se que desempenhe um papel fundamental na disponibilização e no custo de qualquer nova vacina contra o coronavírus para os países mais pobres do mundo.

Portugal, com 100 mil euros, estreou-se como doador para esta organização, juntamente com Finlândia, Nova Zelândia, Butão, Camarões, Burkina Faso, Grécia e Uganda.

O filantropo Bill Gates, fundador da multinacional Microsoft e da Fundação Bill e Melinda Gates, anunciou a contribuição de 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) e para os próximos cinco anos e 100 milhões de dólares (88 milhões de euros) adicionais para o programa de distribuição de uma futura vacina contra a Covid-19.

“Estamos a reunirmo-nos numa época única na história. Nunca tantas pessoas estiveram conscientes da importância das vacinas. Ao mesmo tempo que aceleramos o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19, temos de renovar o compromisso para fazer chegar todas as vacinas que salvem vidas a todas as crianças no mundo”, disse, no encerramento do evento.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 385 mil mortos e infetou mais de 6,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,8 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.455 pessoas das 33.592 confirmadas como infetadas, e há 20.323 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (mais de três milhões, contra mais de 2,2 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 172, contra mais de 181 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.