O Tottenham, cuja equipa de futebol é treinada pelo português José Mourinho, informou esta quinta-feira que recorreu a um empréstimo do Estado inglês de 175 milhões de libras (195 milhões de euros) para acudir à crise financeira que atravessa.

“A pandemia mundial criou desafios económicos e sociais sem precedentes, sem que se saiba quanto tempo vão permanecer”, escreveram os spurs no comunicado que emitiram.

Com a suspensão dos jogos da I Liga inglesa desde meados de março, bem como de todas as atividades no seu estádio, como o centro de conferências, os concertos e outros desportos, o Tottenham estima que o seu défice, cumprido o reembolso dos direitos de televisão referentes ao período até junho de 2021, pode exceder os 200 milhões de libras (222 milhões de euros).

Como não é possível, neste momento, perspetivar o regresso dos eventos com público, o clube recorreu ao Covid Corporate Financing Facility (CCFF), um mecanismo de empréstimo ao dispor de grandes empresas de boa saúde financeira e que tenham uma contribuição notável para a economia britânica.

O dinheiro emprestado pelo Banco da Inglaterra “não será usado para contratar jogadores”, garantiu o clube londrino, muito endividado por causa da construção do seu novo estádio, que custou quase um bilião de libras (1,11 mil milhões de euros).

No final de março, o Tottenham causou alguma controvérsia ao anunciar a intenção de colocar 550 funcionários em layoff, deixando os futebolistas profissionais de fora, no programa de desemprego de curta duração do governo, mas reverteu essa decisão alguns dias depois.

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