A Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde anunciou esta segunda-feira a detenção do 16.º suspeito de envolvimento numa megaoperação antidroga na cidade da Praia, que no ano passado levou à apreensão de quase 12 toneladas de cocaína.

Em comunicado, a PJ informou que a detenção aconteceu no sábado, na sequência do cumprimento de um mandado do Ministério Público, no âmbito da denominada “Operação Troia”.  O homem, de 32 anos, residente no bairro de Eugénio Lima, é suspeito da prática de crime de tráfico de drogas, branqueamento de capitais e associação criminosa.  O detido foi presente no mesmo dia ao Tribunal, que decretou como medida de coação a prisão preventiva, até ao julgamento.

Este homem é um dos 16 suspeitos detidos até agora no âmbito da “Operação Tróia”, desencadeada em julho do ano passado, também em Eugénio Lima, onde foram apreendidos 11.878 quilogramas de cocaína, mais de 16 milhões de escudos (145 mil euros), sete armas de fogo, munições e seis viaturas.

No mesmo dia, foram detidas, em flagrante delito, nove pessoas e, entre agosto e setembro do mesmo ano, foram detidas outras cinco pessoas, seguindo-se outro em outubro, num total de 16 suspeitos. Dos 16 arguidos, 12 deles estão em prisão preventiva e quatro sob termo de identidade e residência.

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Em janeiro, o Ministério Público cabo-verdiano acusou 33 pessoas singulares e duas coletivas de vários crimes nesta megaoperação antidroga na capital do país e requereu julgamento em processo comum e com intervenção do Tribunal Coletivo.

Segundo a mesma fonte, as pessoas estão “fortemente indiciados” da prática de vários crimes, uns em coautoria, outros em autoria material e outros ainda em concurso real efetivo.

O Ministério Público acusa as pessoas singulares da prática dos crimes de tráfico agravado de estupefacientes, associação criminosa, lavagem de capitais agravado, comércio ilícito de armas, fraude fiscal e tráfico de estupefacientes de menor gravidade.

Já as pessoas coletivas, são acusadas da prática do crime de lavagem de capitais agravado e adesão a associação criminosa.

O Ministério Público informou ainda que intentou a ação de confisco contra 15 dos 35 arguidos e requereu ainda a manutenção das medidas de coação anteriormente aplicadas aos arguidos.