Durante a pandemia, a mediana do tempo de espera para a realização de cirurgias no Norte aumentou cerca de um mês, sendo que 30,5% dos doentes (mais de 27 mil) aguardam mais do que o limite de tempo legalmente previsto, segundo um relatório divulgado pela Autoridade de Saúde do Norte (ARSN). O número de inscritos para cirurgias desde março sofreu também uma queda abrupta.

Segundo a ARSN, a 7 de maio havia 90.866 doentes inscritos, uma diminuição de 10% face a fevereiro, quando eram 100.685, mas próximo dos valores registados em março e abril, durante a pandemia. Esta diminuição prende-se com a suspensão de consultas e exames de diagnóstico, que entretanto já foi retomada na maioria das unidades, sendo que o número de inscritos não era tão baixo desde janeiro de 2018.

Já em relação à mediana do tempo de espera era de 4,1 meses, face aos 3 meses registados em fevereiro e março, sendo o Hospital de Braga o mais afetado, com uma mediana de 5,7.

O relatório revela ainda que, a 7 de maio, 47,1% das cirurgias prioritárias (218) e 47,7% das muito prioritárias (239) não respeitaram os limites estipulados por lei. A maior percentagem de atrasos, em relação a todos os tipos de doentes, foi registada no Hospital de Guimarães.

Segundo o relatório, para doentes prioritários ou muito prioritários, o tempo de espera respeita os limites legais se for menor ou igual a 60 dias e menor ou igual a 15 dias, respetivamente.

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