O PCP questionou o Governo sobre a alegada “usurpação de dias de férias” aos trabalhadores da fábrica de Évora da Tyco Eletronics, considerando a situação “inaceitável”, divulgou a direção regional do partido.

Através de uma pergunta dirigida na terça-feira à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, as deputadas comunistas Vera Prata e Diana Ferreira querem saber que medidas vai o Governo tomar para “garantir o respeito pelos direitos dos trabalhadores, nomeadamente a não imposição de férias”.

A empresa, que produz componentes eletrónicos para a indústria automóvel, segundo um comunicado divulgado hoje pela Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP, “desenrolou durante o final do mês de março um processo de usurpação de dias de férias aos trabalhadores”.

“Entendeu a administração imputar quatro dias de férias aos trabalhadores, descontando-os, numa decisão unilateral da empresa”, criticam as deputadas, considerando que “o direito dos trabalhadores a férias não pode, de forma nenhuma, ser transformado num instrumento a utilizar pelas empresas em função dos seus interesses”.

O PCP alega ainda ter conhecimento que “existe um conjunto alargado de trabalhadores” que “já atingiram o número total de dias de férias de 2020 e que por motivos de uma nova paragem da Tyco, em férias de 07 a 15 de junho, a administração indicou que os trabalhadores devem tirar dias de férias de 2021”.

Considerando a situação “inaceitável”, as deputadas comunistas defendem que o Governo “deve tomar todas as medidas para garantir o cumprimento da lei e da Constituição”.

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