O presidente da Câmara do Porto reuniu esta terça-feira os membros que fazem parte dos Conselhos Municipais de Segurança e Economia para debater o desconfinamento na cidade. “Da discussão saiu a ideia unânime de que não pode haver facilitismo quanto às festas de São João e que, além do cancelamento do programa oficial, já anunciado há mais de dois meses, também os arraiais particulares e os grandes ajuntamentos devem ser evitados”, revelou a autarquia em comunicado.

Foi a 4 de abril que Moreira cancelou concertos, promoção, festejos oficiais e o famoso fogo de artificio e, apesar do município não registar um infetado pelo novo coronavírus há quatro dias consecutivos, a posição mantém-se. “No dia em que o Porto assinalou o quarto dia consecutivo sem qualquer caso, os conselheiros foram unânimes a elogiar o trabalho desenvolvido pela Câmara do Porto no ataque à pandemia, mas todos corroboraram que não há condições para a realização de festas e para que muita gente se junte em segurança no São João.”

Festa de São João, no Porto e em Gaia, cancelada devido à Covid-19

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Entre forças de segurança, proteção civil, responsáveis pelos transportes, autoridade de saúde, agentes económico e representantes dos partidos, “nenhum dos conselheiros entende que o município deva promover ações que facilitem a festa e pediram mesmo que a comunicação da Câmara usasse de todos os meios para desincentivar ajuntamentos”.

Assim, na noite de 23 para 24 de junho não haverá transportes e música nas ruas, sendo que a fiscalização e o policiamento estarão reforçados. Em comunicado, Rui Moreira recordou  que o país não estará, em princípio, em estado de emergência e que, por isso, não possui poderes para proibir que as pessoas se juntem em casa ou circulem nas ruas. O apelo é para que “as sardinhas sejam comidas em família e que não se estrague, numa noite, o admirável exemplo de civismo que os portuenses têm dado ao país”.

“Hoje não estamos em estado de emergência e esperamos não estar no dia 23 de junho. Mas sendo assim não podemos impedir as pessoas de circular e não podemos tentar impor medidas que as pessoas não cumprem e que não podemos obrigá-las a cumprir”, explicou.