O Consulado Geral de Portugal em Valência, na Venezuela, reduziu para menos da metade o tempo de espera na área de registo civil, que em novembro de 2018 era de mais de um ano, foi hoje anunciado.

“Quanto aos processos de registo civil, é com orgulho que constatamos uma redução dos tempos de espera para menos de seis meses”, disse a cônsul-geral de Portugal em Valência, Rosa Tavares. Valência fica a 170 quilómetros a oeste da capital da Venezuela, Caracas.

Numa mensagem em vídeo enviada esta quarta-feira aos clubes lusos e distribuída através das redes sociais, tendo como motivo o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Rosa Tavares faz um balanço da sua gestão daquele consulado, desde novembro de 2018.

“Entre 2018 e 2019 foram emitidos 11.936 cartões de cidadão e 12.003 passaportes. De janeiro a março de 2020 foram feitos 1.432 cartões de cidadão e 1.262 passaportes”, explica.

Segundo a diplomata, “no ano passado foram efetuadas 12 permanências consulares em seis cidades, tendo sido atendidas 2.440 pessoas e praticados 2.679 atos consulares”.

“Este ano [devido à pandemia da covid-19] só foi possível realizar três permanências consulares nos primeiros três meses do ano em San Cristóbal, Maracay e Mérida, com um total de 571 pessoas atendidas e 687 atos praticados”, afirma.

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Por outro lado, explica que “em 2019 o Consulado em Valência foi o 5.º posto consular português com maior número de nacionalidades atribuídas, que ascendeu a 2.992” e que em 2020 foram elaborados “mais de 2.500 processos de registo civil, entre nacionalidades, casamentos e óbitos”.

“Temos respondido a mais de 100 ‘e-mails’ por dia, com informação sobre os documentos necessários para os atos consulares, os estados dos processos e o agendamento de marcações”, sublinha.

Sobre as consultas médicas gratuitas promovidas pelo Governo português para a comunidade lusa local, explica que está a ser prestada duas vezes por semana, nas cidades de Valência e Maracay, onde são atendidos “mais de 50 pacientes por mês” e é feita “a entrega de medicamentos gratuitos”.

“No âmbito dos apoios ao associativismo, este ano foram cinco as associações desta área de jurisdição que tiveram apoios financeiros para o desenvolvimento dos seus projetos: duas em Valência, duas em Maracay e uma em Barquisimeto”, precisa.

Rosa Tavares explica ainda que, seguindo as medidas decretadas pelas autoridades venezuelanas, “desde março passado o consulado suspendeu o atendimento ao público, mas tem possibilitado a prática de atos mais urgentes como a entrega de passaportes, a realização de procurações e o registo de óbitos”.

Foi prestado “o apoio possível” aos portugueses e outros cidadãos europeus, que ficaram retidos na Venezuela devido ao fecho do espaço aéreo, e que “vários deles já regressaram às suas casas em voos organizados pelas embaixadas europeias em Caracas”.

A diplomata recordou que para 13 de junho Portugal está a organizar um voo de repatriamento de cidadãos.

“Quando o consulado puder reabrir as portas ao público, começaremos por dar prioridade aos utentes que viram as suas marcações canceladas devido à quarentena, sempre com as devidas precauções e distanciamento social imposto pelas novas regras de segurança e higiene”, explica.

“Passada essa primeira fase, procuraremos retomar o atendimento ao público nos moldes habituais, sempre com as devidas marcações feitas através do agendamento ‘on-line'”, acrescentou.

Na mensagem, Rosa Tavares agradece aos cônsules honorários, aos funcionários consulares, aos conselheiros das comunidades portugueses e às associações lusitanas pelo empenho e contributo no sucesso da atenção consular.