Está marcado: a terceira geração do C4 será desvendada no próximo dia 30 de Junho, conforme fez saber a Citroën nas redes sociais. Sabe-se ainda que a variante que dará o pontapé de saída nesta nova “vida” do compacto francês será 100% eléctrica, adoptando a denominação comercial de ë-C4.
A Citroën é, assim, a última das marcas do Grupo PSA a abraçar a plena electrificação, pois ainda que tenha surpreendido com a revelação do Ami, a realidade é que este não se encaixa na definição de automóvel, sendo antes um quadriciclo.
Sabe-se, desde já, que o novo C4 pouco ou nada terá que ver com o passado. A marca aproveita para “repaginar” a gama, pelo que desaparece o C4 Cactus. As versões térmicas mantêm-se, a gasolina e a gasóleo com potências entre os 100 cv e os 130 cv, mas o enfoque vai para o hatch a bateria que, seguindo a tradição da casa, apenas diferirá do C4 a combustão em pequenos detalhes, como o lettering do modelo. Isto no capítulo estético que, ao que tudo indica, vai evoluir para uma imagem mais próxima dos crossover coupé (a última moda).
Nouvelle Citroën ë-C4 – 100% Ëlectric.
Première mondiale le 30 juin. Restez connectés ????⚡️#CitroënË_C4 #ËlectricForAll #OuvrezLaRoute #Confort pic.twitter.com/5RFCkqkQkG— Citroën France (@CitroenFrance) June 9, 2020
Entre fotos do protótipo de desenvolvimento camuflado e indicações que fontes do construtor foram “passando” para a imprensa, sobretudo a gaulesa, parece que a terceira geração vai apostar num look mais aventureiro, cortesia de uma maior distância ao solo, ao mesmo tempo que exibe um pilar traseiro mais inclinado e uma ampla superfície vidrada, para inundar de luz o interior e realçar o comprimento (entre 4,35 e 4,40 metros). A confirmarem-se estas indicações, esta nova geração do compacto procura aliciar os clientes que apreciam os SUV coupé, não o sendo. E o facto de parecer mas não ser até poderá ser uma vantagem, na medida em que a aerodinâmica poderá sair beneficiada desse exercício.
O futuro C4 será fabricado aqui ao lado, em Madrid, e recorre à mesma plataforma do Peugeot e-2008 e DS3 Crossback E-Tense, a e-CMP no caso da variante eléctrica e simplesmente CMP para as versões térmicas – uma arquitectura modular que a PSA classifica de multienergia e que admite diferentes distâncias entre eixos, o que lhe permite cobrir diferentes modelos nos segmentos B (utilitários) e C (compactos).
O novo C4 deverá chegar aos concessionários no final deste ano, pois o arranque da produção está previsto para Outubro. A variante a bateria deita mão ao mesmo arsenal do e-2008 e do DS3 Crossback E-Tense: motor eléctrico de 100 kW (136 cv) e bateria de 50 kWh, o que lhe permitirá homologar uma autonomia algures entre os 340 km do e-208 e os 310 km do e-2008.