Hamilton, uma cidade na Nova Zelândia, retirou a estátua de um capitão britânico que lhe deu nome acusado de matar membros do povo nativo Maori no século XIX, numa altura em que crescem os protestos anti-racismo e a opressão de minorias no mundo, com vários ataques a estátuas.
A de John Hamilton, colocada em 2013 na cidade, foi retirada pela Câmara Municipal depois de um líder do povo Maori ter ameaçado derrubá-la, por considerar que glorifica o poder colonial britânico.
Colonial statue removal sparks name debate for Hamilton https://t.co/RvZ1F8Zq7M pic.twitter.com/cgaNmMNRLt
— Stuff (@NZStuff) June 12, 2020
O capitão britânico morreu na batalha de Gate Pa, em 1864, contra os Maori. A remoção da estátua é motivada pelo movimento global contra o racismo e opressão de minorias desencadeado pela morte de George Floyd, que já levou à remoção de várias estátuas pelo mundo, muitas delas vandalizadas por manifestantes.
Em Lisboa, a estátua do Padre António Vieira, instalada no Largo Trindade Coelho, foi vandalizada na quinta-feira com a palavra “descoloniza” pintada a vermelho e pichagens da mesma cor nas personagens de bronze que a compõem.
“Descoloniza”. Estátua de Padre António Vieira, em Lisboa, foi vandalizada
Em Poole, uma cidade inglesa, foi retirada uma estátua de Robert Baden-Powell, fundador dos escoteiros, para a proteger de vandalismo. Baden- Powell é acusado de simpatizar com Hitler e ser racista.
Cidade inglesa retira estátua do fundador dos escoteiros por medo de vandalismo
[De Churchill ao padre António Vieira. Radicalização contra estátuas divide opiniões pela Europa]