O PCP anunciou esta sexta-feira que vai apresentar no parlamento uma proposta de controlo público da Efacec, por forma a assegurar a continuidade da empresa, colocando ao serviço do desenvolvimento económico da região e do país.

Em comunicado, a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP adianta que a deputada, Diana Ferreira, esteve esta sexta-feira reunida com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte – SITE Norte para discutir a situação da Efacec, tendo participado também trabalhadores da empresa.

Considerando que em causa está uma empresa estratégica para a região e o país, a deputada do PCP voltou a insistir “que deve ser considerada a possibilidade de uma intervenção do Estado”, tendo anunciado anunciou que o partido vai apresentar na Assembleia da República uma proposta que visa precisamente “assegurar o controlo público” da Efacec.

Na nota, os comunistas explicam que a proposta defende os postos de trabalho, responde às necessidades mais imediatas de tesouraria, “projetando a sua integração e desenvolvimento no quadro do Setor Empresarial do Estado” e “colocando a EFACEC ao serviço do desenvolvimento económico da região e do País”.

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A DORP salienta ainda que a apresentação desta proposta por parte do PCP “tem como objetivo a recuperação do controlo público da Efacec associada a uma estratégia de garantia do controlo público de empresas e setores estratégicos do País e não como uma medida transitória que se esgote na salvaguarda dos interesses da banca nesta empresa estratégica”.

O objetivo, garantem, tem de ser o de assegurar a continuidade da empresa que “não pode cair em mão estrangeiras, designadamente da concorrência, que a tornariam irrelevante, no máximo uma sua mera subsidiária”.

No final de abril, o Site-Norte acusou a Efacec de estar a subcontratar empresas externas para substituir trabalhadores colocados em layoff e de pedir horas extraordinárias a funcionários neste regime.

Em resposta, a administração da Efacec assegurou que o recurso da empresa à prestação de serviços externos foi “reduzido ao mínimo” e a funções “não desempenhadas” pelos trabalhadores que ficaram de fora do layoff implementado devido à pandemia.