Em média, perto de 200 pessoas são multadas por dia nos transportes públicos em Portugal, escreve esta sexta-feira o Jornal de Notícias, citando dados relativos ao ano de 2019.

De acordo com aquele jornal, o número de multas tem vindo a descer ao longo dos anos. No ano de 2019, a introdução do Programa de Apoio à Redução Tarifária, que reduziu de forma transversal os preços dos passes mensais, fez baixar o número de contraordenações registadas, mas a tendência de queda está a manter-se em 2020.

Essa tendência regista-se de forma assinalável nos operadores de transporte da área metropolitana de Lisboa. Nos primeiros três meses deste ano, o metro registou cerca de metade das contraordenações face ao mesmo período de 2019 (1.174 contra 2.307) e a Carris, que opera autocarros e elétricos, baixou de 2.101 multas em 2019 para 1.565 em 2020.

No total, em 2019, os quatro grandes operadores das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto (metros das duas cidades, Carris e STCP) serviram mais 30 milhões de passageiros do que em 2018. Ainda assim, as multas baixaram em 8%, para um total anual de 70.756.

Foi no Porto que se registou a maior diferença: o metro viu a procura aumentar em 14% ao mesmo tempo que as multas se reduziram em 17%. O metro do Porto é, porém, aquele em que é mais difícil controlar as entradas, uma vez que não existem cancelas nas estações.

Ainda segundo o JN, o principal motivo para as multas é viajar sem bilhete, representando mais de metade das contraordenações registadas nos operadores (55% no metro do Porto, 81% na Carris e 78% no metro de Lisboa). Na STCP, porém, a maioria das multas surgem na sequência da tentativa de utilizar um título de transporte inválido.

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