Augusto Santos Silva afirmou esta segunda-feira que “só” pode “dizer bem” da “maior consciência” das sociedades contra o racismo, algo que existe e tem de ser combatido, no contexto das manifestações nos Estados Unidos e em várias cidades europeias.

“Quanto à consciência, que um pouco por todo o mundo se difunde, de que o racismo está entre nós e é preciso combatê-lo, só posso dizer que ainda bem que hoje há uma maior consciência disso, porque o racismo está mesmo entre nós e é preciso mesmo combatê-lo, sempre por meios pacíficos”, disse o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros à imprensa, à margem de uma cerimónia comemorativa dos 35 anos da assinatura do tratado do e adesão de Portugal à União Europeia (UE), no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Questionado sobre as manifestações nos Estados Unidos e em várias das principais cidades da Europa, mas também em Lisboa, contra o racismo e a violência policial, Santos Silva quis notar que em Portugal “não há violência policial” e que, em contexto de pandemia, “ajuntamentos e mais de 20 pessoas estão proibidos”.

Mas, defendeu, “manifestar-se não é a única forma de afirmar a consciência”, sendo “bem-vinda” a “consciência de que o racismo é um cancro que ainda corrói as nossas sociedades e que é preciso combater”.

O ministro afirmou, por outro lado, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros não tem “nenhuma notícia de que haja portugueses envolvidos entre as vítimas ou os autores de atos ilegais que têm sido cometidos” durante ou à margem de protestos nos Estados Unidos.

Os protestos começaram nos Estados Unidos depois da morte, em maio, do afro-americano George Floyd, asfixiado por um polícia branco, e rapidamente ganharam dimensão internacional, espalhando-se a Londres, Paris, Berlim ou Lisboa.

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