A bolsa nova-iorquina fechou esta terça-feira em alta, com os investidores animados pela subida recorde das vendas do comércio retalhista em maio nos EUA e pelas notícias positivas nas frentes económica e sanitária.

Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 2,04%, para os 26.289,98 pontos.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq progrediu 1,75%, para as 9.885,87 unidades, e o alargado S&P500 avançou 1,90%, para as 3.124,74.

As vendas retalhistas nos EUA subiram 17,7% em maio, uma apreciação bem acima das expectativas dos analistas e que acaba com dois meses catastróficos, segundo as estatísticas do Departamento do Comércio, divulgadas hoje.

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De outros indicadores, a produção industrial também recuperou em maio, depois de uma queda histórica no mês anterior, segundo os dados da Reserva Federal. Mas aumentou menos do que previsto pelos analistas (1,4% contra 3% esperados).

Os comentários do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que depôs no Senado, corroeram ligeiramente os ganhos dos índices nova-iorquinos a meio da sessão.

Powell estimou que o vigor da recuperação da economia dos EUA era incerto, mesmo que o país recupere da crise provocada pela pandemia do novo coronavirus.

O seu vice-presidente, Richard Clarida, realçou, por seu lado, “a incrível incerteza envolvendo a profundidade e a duração da recessão”.

A bolsa nova-iorquina reagiu de forma positiva a um artigo da Bloomberg que dava conta da intenção de o governo dos EUA avançar com um plano de investimento nas infraestruturas, no valor de um bilião (milhão de milhões) de dólares (888 milhões de euros).

Por outro lado, vários observadores divulgaram os resultados de um vasto ensaio clínico de um medicamento, a dexametasona.

Este esteroide, barato e de acesso fácil, reduziria a mortalidade entre os doentes mais gravemente atingidos com o novo coronavirus, segundo investigadores britânicos.