Alvo de uma fuga de imagens antes da sua revelação oficial, eis a arma da Nissan para fazer frente a modelos como o Volkswagen Tiguan Allspace e o Toyota RAV4. O novo X-Trail continuará a ser fabricado no Japão, sem que o construtor nipónico tenha avançado uma data concreta para a sua chegada aos mercados europeus. Nos EUA, onde é comercializado como Rogue, a nova geração já foi desvendada, sendo de esperar que, tal como acontecia até agora, haja pouquíssimas diferenças a separar o SUV deste e do outro lado do Atlântico. Isto embora a divisão europeia da Nissan ainda não se tenha pronunciado oficialmente sobre o tema.

Mais curto e mais baixo, com menos 38 mm de comprimento e 5 mm de altura, o novo X-Trail continua a recorrer à plataforma CMF-C/D e mantém a distância entre eixos fixada nos 2,705 metros, pelo que não é de esperar alterações substanciais na habitabilidade, continuando a oferecer 5 ou 7 lugares. O que muda (e muito) é o feeling a bordo, com a Nissan a reforçar o conforto, por um lado, e a dotação tecnológica, por outro. Exemplos disso são vários, desde o sistema de abertura de portas mais friendly, com a chave presencial a permitir agora a abertura de qualquer porta e não apenas a do condutor, ao portão da bagageira com accionamento eléctrico, passando pelo acesso facilitado aos lugares de trás, graças a uma abertura mais ampla das portas. O ar condicionado passa a ser de três zonas, reduzindo os motivos de discussão nas viagens em família…

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No interior, o painel de instrumentos digital é de 7 polegadas na versão de entrada, podendo crescer para as 12,3 no nível de equipamento de topo. A isso há que somar o ecrã táctil “flutuante” ao serviço do sistema de infoentretenimento, com 9”, e um head-up display de 10,8″ – um dos maiores do segmento. A conectividade mereceu um importante impulso nesta nova geração do SUV nipónico, com o X-Trail a disponibilizar o Google Maps e o Waze com comandos de voz, além de oferecer conexões Apple CarPlay (sem fios) e Android Auto.

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No domínio da segurança e dos sistemas de assistência à condução, destaque para o facto de a mais recente versão do Nissan Safety Shield 360 passar a ser de série em todas as versões, o que é sinónimo de múltiplas soluções para proteger os ocupantes e facilitar a vida do condutor, nomeadamente travagem automática de emergência com detecção de peões, alerta de ângulo-morto, aviso de trânsito na retaguarda, travagem automática em marcha-atrás, assistente de máximos, alerta de saída involuntária da faixa de rodagem, entre outros.

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O sistema de condução semiautónoma da Nissan ProPilot com cruise control adaptativo deverá estar mais eficiente pois, segundo a marca, conta agora com radares e câmaras de última geração para evoluir no tráfego de modo mais fluido. Na versão de topo, ainda de acordo com a Nissan, o sistema cruza a informação da navegação, o que lhe permite adaptar a velocidade às curvas e saídas da auto-estrada, por exemplo.

Em termos mecânicos, além de vários ajustes, o sistema de tracção integral recebe uma nova embraiagem electro-hidráulica, para distribuir mais eficazmente o torque pelas rodas, em função das condições de aderência. Modos de condução há cinco (Offroad, Neve, Standard, Eco e Sport) nas versões AWD, que contam com o novo Vehicle Motion Control para ajustar a resposta do veículo (motor, transmissão, vectorização de binário) às intenções do condutor, para o que há uma constante monitorização da direcção, aceleração e travagem.

Sob o capot não há, por enquanto, quaisquer indicações de como será composta a oferta europeia de motorizações, até aqui a contar com o dci de 150 cv, a gasóleo e o DIG-T de 160 cv, a gasolina. Nos EUA, onde o Rogue vai chegar aos concessionários no Outono, o SUV nipónico monta um quatro cilindros em linha de 2,5 litros com injecção directa, 184 cv e 245 Nm (mais 11 cv e 8 Nm do que o bloco anterior), unidade que não a ideal para o mercado europeu.