A operadora de telecomunicações brasileira Oi anunciou esta quarta-feira que o preço mínimo dos ativos de sua rede de telefonia móvel é de 15 mil milhões de reais (cerca de 2,5 mil milhões de euros) e que os venderá à maior licitação.

As operadoras Telecom Itália e Telefónica mostraram interesse na compra da rede móvel da Oi, conforme informações divulgadas pelas subsidiárias das duas empresas no Brasil (TIM e Vivo, respetivamente) ao Conselho Administrativo de Defesa Económica (Cade), órgão regulador financeiro brasileiro, enviadas em março passado.

A Oi estabeleceu as suas condições para a venda de ativos numa emenda ao seu plano de recuperação judicial divulgada na última segunda-feira, em cumprimento da lei de falências do Brasil. A operadora está em processo de recuperação judicial desde 2016.

Atualmente a Oi é a quarta maior operadora de telecomunicações móveis do Brasil, com uma participação de mercado de cerca de 16%, atrás da Vivo, que lidera com 33%, da Claro (controlada pela mexicana América Móvil) e da TIM, que têm cerca de 24% do mercado brasileiro cada uma.

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A Oi indicou que a venda de sua rede móvel será feita ao maior lance, prevendo uma exceção. Se a segunda melhor oferta tiver um valor até 5% menor do que a melhor oferta e a empresa interessada apresentar melhores garantias legais, será possível concretizar a venda para os interessados que fizeram a segunda maior licitação.

A Oi pretende concentrar-se nos negócios de fibra ótica e outras atividades de maior valor agregado e retirar investimentos no segmento de ativos móveis, incluindo torres de telefonia e data centers.

A empresa portuguesa Pharol tem uma participação acionista na operadora Oi. Até 31 de dezembro de 2019, a Pharol detinha ações equivalentes a 5,5% do capital social total da operadora brasileira.