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Santo António já se acabou e a festa de Petit ficou estragada (a crónica do P. Ferreira-Belenenses SAD)

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Belenenses SAD celebrou o St. António no fim de semana mas viu a festa estragada pelo Paços, que derrotou os azuis em modo reviravolta (2-1). Equipa de Pepa leva duas vitórias em três jogos na retoma.

Os lisboetas abriram o marcador na primeira parte mas os pacenses deram a volta ao resultado no segundo tempo
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Os lisboetas abriram o marcador na primeira parte mas os pacenses deram a volta ao resultado no segundo tempo

LUSA

Os lisboetas abriram o marcador na primeira parte mas os pacenses deram a volta ao resultado no segundo tempo

LUSA

Na passada quinta-feira, ao empatar com o V. Guimarães na Cidade do Futebol, o Belenenses SAD chegou à sexta jornada seguida sem perder e sofreu o primeiro golo em cinco jogos. Ou seja, confirmou a melhor fase da temporada, carimbou os muito psicológicos 30 pontos que normalmente garantem a manutenção e assentou num confortável 13.º lugar, longe da zona de despromoção. Como recompensa, o treinador Petit, que colocou a equipa a jogar à sua imagem e semelhança e assentou uma ideia de jogo desde que chegou ao clube, decidiu oferecer um prémio ao plantel.

Depois do treino do passado sábado, no Estádio Nacional, o Belenenses SAD organizou um pequeno convívio entre os elementos da equipa no Jamor, para assinalar o dia de Santo António. Como manda a tradição, houve grelhador, sardinhas, pão e salada — mas refrigerantes em vez de vinho tinto ou cerveja. Nas redes sociais, o Belenenses SAD partilhou imagens da iniciativa e garantiu que era a “melhor forma” de “celebrar o Santo Padroeiro” de Lisboa. Encerrada a festa, a equipa de Petit visitava esta quarta-feira um P. Ferreira ligeiramente mais aflito, apenas quatro pontos acima do Portimonense e da zona de despromoção.

O conjunto de Pepa regressava a casa mais de 100 dias depois: a equipa da Capital do Móvel foi a única a ter disputado os primeiros dois encontros da retoma fora de portas, primeiro em Vila do Conde e depois em Alvalade, e só à terceira jornada do recomeço é que voltava a jogar no próprio estádio. E se o Belenenses SAD atravessa a melhor fase da temporada e somou uma vitória e um empate neste reinício da Liga, o P. Ferreira levava uma vitória e uma derrota e não deixou de impressionar — os pacenses derrotaram o Rio Ave, uma das melhores equipas do Campeonato, e perderam com o Sporting pela vantagem mínima, numa partida em que não foram terrivelmente inferiores e poderiam ter alcançado um resultado mais positivo.

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Ainda sem Silvestre Varela, que continua fora dos convocados devido a uma lesão muscular, o Belenenses SAD começou o jogo a tentar controlar as ocorrências, com linhas subidas e a equipa espalhada no relvado. A partida começou num ritmo médio e muita discussão na zona do meio-campo, com as duas equipas a encaixarem e a permitirem pouco espaço para oportunidades de golo. Ainda assim, de forma espontânea e no primeiro remate que fez à baliza de Ricardo Ribeiro, o Belenenses SAD acabou por abrir o marcador: Licá, na direita, cruzou rasteiro para a área, a defesa do P. Ferreira afastou para a entrada da grande área e Tiago Esgaio, que tinha começado a jogada, apareceu com um bom remate em jeito de pé esquerdo (6′). Antes ainda de estarem cumpridos os primeiros 10 minutos e sem que ainda nada de extraordinário tivesse acontecido na partida, a equipa de Petit mostrava uma eficácia acima da média e colocava-se em vantagem.

Depois do golo, o Belenenses SAD recuou as linhas e compactou mais a equipa, confortável na ação de oferecer a bola ao adversário e ficar à espera das investidas do P. Ferreira para só avançar em situações de recuperação de bola ou transições rápidas. Ainda assim, depressa se percebeu que, mesmo mais atrás no terreno, a equipa de Petit era sempre mais perigosa do que a de Pepa quando se aproximava da baliza de Ricardo Ribeiro: se o P. Ferreira rendilhava o jogo à volta da grande área de Koffi mas raramente chegava a rematar ou a ameaçar, o Belenenses SAD só precisava de uma arrancada disruptiva, normalmente pelo lado direito, para criar ocasiões. E ao passar dos 20 minutos, Tiago Esgaio beneficiou da melhor oportunidade da primeira parte para lá do golo, ao cabecear à trave depois de um canto batido na direita (22′).

Antes do intervalo, apesar da vantagem e do relativo conforto na partida, o Belenenses SAD foi afetado pelas dificuldades físicas de dois jogadores fulcrais, o avançado Licá e o capitão Gonçalo Silva. Ambos permaneceram em campo até ao final da primeira parte mas adivinhava-se uma segunda parte exigente para os jogadores azuis, principalmente tendo em conta que o P. Ferreira de Pepa é uma das equipas mais agressivas e intensas do Campeonato. No regresso do intervalo, Gonçalo Silva já não voltou e foi substituído por Danny, enquanto que os pacenses sofreram logo duas alterações, com as saídas de Jorge Silva e Vasco Rocha e as entradas de Bruno Santos e Adriano. E foi precisamente Adriano, o avançado português de 27 anos, que acabou por desbloquear o jogo para o P. Ferreira.

Logo nos instantes iniciais da segunda parte, Adriano foi intercetado em falta por Rúben Lima já no interior da grande área. Sem grandes dúvidas, Artur Soares Dias assinalou grande penalidade e Douglas Tanque, na conversão, não deu hipóteses a Koffi (48′). O Belenenses SAD sentiu o empate, tanto fisicamente como no aspeto anímico, e fez uma segunda parte muito abaixo daquilo que tinha mostrado no primeiro tempo — assim como aconteceu na semana passada com o V. Guimarães. Em direção oposta, o P. Ferreira percebeu que tinha capacidade e espaço para chegar ao segundo golo e à vitória e passou a maioria do tempo no meio-campo adversário, apoiado principalmente na criatividade de João Amaral e Pedrinho.

Depois de muito insistir, o P. Ferreira acabou por chegar ao golo da vitória já nos descontos, através de um autogolo de Phete depois de uma jogada pela esquerda (90+3′). Num lance construído pelos jogadores que Pepa lançou na partida, os pacenses acabaram por alcançar o resultado correspondente a tudo aquilo que construíram e produziram e carimbaram a segunda vitória em três jogos da retoma, ultrapassando provisoriamente Gil Vicente, V. Setúbal e Boavista para se colar ao Moreirense no 9.º lugar. Quanto a Petit, depois de celebrar o Santo António no fim de semana, chegou a repetir a festa com o golo de Esgaio mas deixou-a a meio, não evitando a primeira derrota em sete jornadas depois de uma nova discrepância exibicional entre o primeiro e o segundo tempo.

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