Desde o início da pandemia e até ao passado dia 15 de junho, foram 113,5 mil as empresas que pediram para aceder ao regime de layoff simplificado para, com o apoio do Governo, poder reduzir o tempo de trabalho e os salários de um total de 1.351.414 trabalhadores.

Os números são do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e esta quinta-feira foram citados pelo Diário de Notícias, que os cruzou com os dados revelados na passada terça-feira por Ana Mendes Godinho, que anunciou que, até ao momento, os processos aprovados permitem que 849.715 os trabalhadores estejam abrangidos pelo regime de layoff simplificado, na sequência de pedidos feitos por 105.404 empresas, às quais foram pagas 580 milhões de euros.

Problema: em vez de fazer contas ao número de empresas cujos processos foram aprovados, o jornal contabilizou o número de trabalhadores, o que levou o Governo a esclarecer, ao início da tarde desta quinta-feira, que não é verdade que a taxa de aprovação seja de 63%, como chegou a ser noticiado — de acordo com um comunicado enviado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social às redações, que os cálculos do Observador confirmam, a percentagem de aprovações das empresas candidatas ao regime ronda os 93%.

“O exercício seguido pelo jornal considera, de forma errada, o número de trabalhadores total das empresas que apresentaram pedido e não os trabalhadores abrangidos pelos pedidos. De facto, o número que é apresentado na informação disponibilizada pelo GEP é o universo total de trabalhadores das empresas que apresentam pedido de layoff, não o número de trabalhadores que as empresas colocam nessa situação”, explicou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, acrescentando que as empresas que apresentaram pedido de layoff abrangeram, em média, cerca de 60% dos funcionários.

No final de maio, a taxa de aprovações rondava os 60%.

Artigo atualizado às 15h00 com o esclarecimento do Governo

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