Os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado atingiram em maio mínimos históricos, refletindo o impacto da crise relacionada com a doença Covid-19, divulgou esta sexta-feira o Banco de Portugal.

“Em maio, o indicador coincidente mensal para a atividade económica e o indicador coincidente mensal para o consumo privado voltaram a registar uma redução acentuada, refletindo o impacto da crise pandémica” e atingindo, em ambos, “mínimos históricos”, segundo o banco central.

Em março e abril estes indicadores tinham registado as maiores quedas mensais desde o início das séries, em 1978.

Segundo a informação esta sexta-feira divulgada, em maio, a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi de -4%, agravando-se face aos -2,5% de abril, enquanto a variação homóloga do indicador para o consumo privado passou de -5,7% para -8% em maio.

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Considerando o trimestre terminado em maio, a taxa de variação homóloga dos indicadores para a atividade económica e para o consumo privado foram negativas em 2,6% e 5,7%, respetivamente, o que compara com -1,2% e -3,4% de abril, pela mesma ordem.

Desde o início do ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a atividade económica é de -1,4% (1,9% postivo no período homólogo de 2019), enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de -3,5% (3,3% em 2019).

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respetivo agregado macroeconómico.

Ressalvando que a incorporação de nova informação pode refletir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que no atual contexto de crise pandémica, “dadas as alterações bruscas e significativas nos valores das séries utilizadas na sua compilação, é expectável que se verifiquem revisões dos indicadores coincidentes superiores ao habitual”.