O Alkantara Festival marcou regresso para os dias 13 a 28 de novembro com uma programação internacional de dança, teatro, ‘performance’ e debates, em Lisboa e ‘online’, anunciou esta segunda-feira a organização sobre o evento, que passa a ser anual.

Na programação do Alkantara Festival, dirigida pela primeira vez por Carla Nobre Sousa e David Cabecinha, cujo conteúdo será anunciado em breve, serão apresentados 11 espetáculos em estreia absoluta, e três pela primeira vez em Lisboa.

“Face ao contexto atual, o programa está a ser trabalhado de forma a garantir condições de estreia para alguns projetos internacionais que viram os seus processos interrompidos ou cancelados”, indica a organização, em comunicado.

Os espetáculos e momentos presenciais do Alkantara Festival 2020 vão acontecer no Centro Cultural de Belém, Culturgest, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro do Bairro Alto e São Luiz Teatro Municipal, equipamentos culturais que se associam à coprodução do evento, e no Espaço Alkantara, todos em Lisboa.

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A organização sublinha que, com esta edição, será iniciado um novo ciclo, passando o evento, que aconteceu bienalmente, em maio, entre 2006 e 2018, a decorrer anualmente em novembro.

“O formato anual propõe acompanhar os trabalhos artísticos de forma mais duradoura. Na edição de 2021, por exemplo, vamos querer ver novos projetos e também projetos de artistas que este ano só podem estar no programa ‘online’, e continuar discussões em torno de pesquisas que este ano mostram os seus primeiros objetos”, justifica David Cabecinha, no mesmo comunicado.

Estarão em destaque “projetos artísticos que contribuem para reflexões sobre a crise ambiental, que contrariam a ‘invisibilização’ de identidades marginalizadas, ou que investigam sobre a capacidade de construção e reinvenção de sentidos em cena”.

“Num momento em que se tornam ainda mais evidentes fragilidades e incertezas quanto ao presente e ao futuro, estas questões são tão relevantes hoje como no início do ano”, destaca Carla Nobre Sousa, citada pela organização do Alkantara.

Aos espetáculos junta-se um ciclo de ‘performances’, conversas e debates com a participação de académicos, investigadores, dirigentes associativos, ativistas e artistas.

Entre edições, o programa do Alkantara contará com residências artísticas, ‘workshops’ e encontros públicos, maioritariamente no Espaço Alkantara, para aprofundar a relação com projetos, práticas e questões abordadas no festival lançado em 2006, pela associação sem fins lucrativos com o mesmo nome.