Cerca de 40% das consultas retomadas nas unidades de saúde das ilhas dos Açores após o pico da pandemia de Covid-19 foram realizadas em regime de telemedicina, disse esta segunda-feira o presidente do Governo Regional.
“Nas unidades de saúde de ilha, as consultas que no mês de maio e abril já foram retomadas, cerca de 40% dessas consultas foram em regime de telemedicina”, disse esta segunda-feira o líder do executivo açoriano, Vasco Cordeiro, em Ponta Delgada, na inauguração da residência para acolhimento de doentes deslocados em São Miguel.
O presidente do Governo dos Açores disse que esta inauguração “marca o retomar de uma certa normalidade” que também está a decorrer nas unidades de saúde de ilha e nos três hospitais da região.
Segundo Vasco Cordeiro, os números das consultas retomadas em telemedicina dão conta do “potencial e da aposta” do executivo naquele regime de assistência médica, até porque a pandemia de Covid-19 colocou a telemedicina como uma “necessidade ainda mais premente”.
Do ponto de vista desta retoma do funcionamento ao nível das unidades de saúde ilha, com aqueles que são os seus postos de saúde, prevê-se que até 1 de julho estejam na sua maioria em funcionamento”, acrescentou.
A retoma da normalidade nos Açores pretende “recuperar” o que não foi possível realizar devido à Covid-19 e “preparar” uma eventual segunda vaga do surto.
“Estamos progressivamente a retomar essa normalidade com um objetivo muito preciso. (…) Com o objetivo de recuperar aquilo que em virtude da pandemia não foi possível realizar neste período e no fundo preparar o que é possível preparar para uma eventual segunda vaga”, destacou.
Sobre a possibilidade de a região assumir os custos dos testes de despiste à Covid-19 feitos no continente a cidadãos que queiram vir para os Açores, tal como a Madeira e como foi sugerido pelo PSD/Açores, Vasco Cordeiro disse que “importa ter presente” que o executivo já assume os custos dos testes feitos na região.
“Este momento de retoma é um momento em que se deve ter presente uma das regras básicas do período da pandemia. Isto [conter o surto] não é só tarefa de uma entidade, seja o governo ou particular, e nós só conseguiremos ultrapassar isso se todos fizeram a sua parte”, retorquiu.
O presidente do Governo Regional presidiu à inauguração da residência para acolhimento de doentes deslocados em São Miguel, a primeira instituição do género promovida pelo Governo Regional na maior ilha açoriana.
O projeto emanou do Orçamento Participativo dos Açores, teve o investimento orçado em 80 mil euros e terá capacidade de acolher 12 pessoas.
A residência será gerida pela Liga dos Amigos dos Doentes dos Açores.
Os Açores têm atualmente um caso ativo de Covid-19, localizado na ilha Terceira.