António Victorino d’Almeida, António Pinho Vargas, Inês Badalo e Sérgio Azevedo são alguns dos compositores que participam num projeto da Bienal Internacional de Arte de Cerveira, com obras coletivas criadas à distância, devido à Covid-19, divulgou esta segunda-feira a fundação.

Em causa está o projeto artístico “De Casa para Um Mundo”, esta segunda-feira anunciado pela Fundação da Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), e que fará parte do programa da edição 2020, a XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, que decorrerá de 1 de agosto a 31 de dezembro, naquele concelho do distrito de Viana do Castelo, com o tema “Diversidade – Investigação. O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte”.

No comunicado esta segunda-feira enviado às redações, a Fundação da Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) adianta que, no “total, serão apresentadas 15 obras de 15 escritores + 15 artistas plásticos, as quais serão acompanhadas de pequenas composições de 15 músicos, colocando em diálogo criadores que não se podem encontrar, mas que podem comunicar através da arte”.

“Neste projeto, que surgiu logo nos primeiros dias do confinamento, é de sublinhar a participação voluntária e dialogante de três formas de expressão artística – a literatura, as artes plásticas e agora a música – que em breve se apresentarão ao público de forma criativa e questionadora”, explicam os criadores do projeto, Manuel de Novaes Cabral e Sobral Centeno, citados naquela nota de imprensa.

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A FBAC acrescenta que “aos autores como Pedro Calapez, Albuquerque Mendes, Capicua ou Gonçalo M. Tavares, juntam-se agora, por sugestão de Paula Freire, natural de Vila Nova de Cerveira, os compositores Ana Seara, Pedro Pinto Figueiredo, Sara Carvalho, Nuno Peixoto de Pinho, Jaime Reis, Ângela da Ponte, Inês Badalo, António Pinho Vargas, Carlos Marecos, Francisco Monteiro, Carlos Caires, Sérgio Azevedo, Isabel Pires, Luís Soldado e António Victorino D’Almeida”.

Com curadoria de Fátima Lambert, a exposição “De casa para um mundo” será apresentada ao público na biblioteca de Vila Nova de Cerveira, integrada no programa expositivo da XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira.

As duplas de artistas representadas são Capicua e Albuquerque Mendes, Afonso Reis Cabral e Ana Fonseca, Daniel Maia-Pinto Rodrigues e Ana Pérez-Quiroga, Bernardo Pinto de Almeida e António Olaio, Pedro Eiras e Avelino Sá, João Gesta e Cristina Ataíde, Paulo José Miranda e Francisco Laranjo, Francisco Duarte Mangas e Graça Pereira Coutinho, Maria do Rosário Pedreira e Isaque Pinheiro, Rosa Alice Branco e Susana Piteira, Nuno Higino e Jorge Abade, Gonçalo M. Tavares e Pedro Calapez, Hugo Mezena e Pedro Tudela, Manuel Novaes Cabral e Sobral Centeno, Filipa Leal e Zulmiro de Carvalho.

A iniciativa conta, ainda, com a colaboração dos ‘designers’ Beatriz Horta Correia, Francisco Providência, Joana Machado, Miguel Gaspar e Nuno Coutinho.

A Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a mais antiga da Península Ibérica, dedicada à arte contemporânea, realiza-se desde 1978.

Em 2018, a edição da bienal decorreu entre 15 de julho e 16 de setembro, e recebeu cem mil visitantes. A 20.ª edição apresentou mais de 600 obras, de 500 artistas de 35 países em 8.300 metros quadrados, num total de 14 espaços expositivos.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 468 mil mortos e infetou mais de 8,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.530 pessoas das 39.133 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, esta segunda-feira divulgada.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados, e mais mortes.