Se chegar a um momento em que tenhamos uma situação grave, o Governo pode perfeitamente decretar o estado de emergência numa parte do território, ou na sua totalidade”, avisou a primeira vice-presidente do governo espanhol esta terça-feira,  numa entrevista ao canal de televisão Antena 3.

Neste momento, há 36 surtos ativos da pandemia de Covid-19 em Espanha, dos quais 12 são considerados controlados, não sendo, em princípio, segundo a vice-presidente, necessário tomar qualquer medida para além das sanitárias e, em alguns casos, regressar a uma das fases anteriores de confinamento.

Isto foi o que aconteceu na segunda-feira em três concelhos da província espanhola de Huesca que retrocederam para a “fase dois” do desconfinamento, após ser detetado um surto de Covid-19 no meio agrícola.

La Litera, Cinca Medio e Bajo Cinca regressaram assim à última fase do alívio na luta contra a pandemia, tendo sido reintroduzidas limitações nestes territórios, tais como uma capacidade de 50% no setor hoteleiro, a proibição de utilizar os bares ou uma ocupação máxima de um terço da capacidade das piscinas.

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Os serviços regionais de saúde da comunidade de Aragão, onde se encontra esta província, junto à fronteira com França, recomendaram que os habitantes dos três concelhos atingidos evitem saídas e que os das zonas limítrofes também devem evitar a zona.

O estado de emergência em Espanha terminou às 24:00 de sábado, estando agora todo o país na chamada “nova normalidade”, com o fim dos entraves à deslocação de pessoas em todo o território e a abertura das fronteiras com os países europeus (Schengen) com a exceção de Portugal, a pedido de Lisboa.

Das 125 novas infeções notificadas na segunda-feira, a comunidade de Aragão comunicou 33 casos, seguida da Catalunha com 24, Navarra com 21 e Madrid com 17.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 469 mil mortos e infetou mais de 9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (120.402) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,3 milhões). Seguem-se o Brasil (51.271 mortes, mais de 1,1 milhões de casos), Reino Unido (42.647 mortos, mais de 305 mil casos), a Itália (34.657 mortos e mais de 238.700 casos), a França (29.663 mortos, mais de 197 mil casos) e a Espanha (28.324 mortos, mais de 246.500 casos).